Aprender a meditar: 1 minuto do seu dia
Os benefícios da meditação são hoje sobejamente conhecidos, mas ainda assim muitos de nós têm dúvidas sobre, como meditar e sobretudo sobre, como integrar este hábito no nosso dia-a-dia agitado.
Os benefícios da meditação são hoje sobejamente conhecidos, mas ainda assim muitos de nós têm dúvidas sobre, como meditar e sobretudo sobre, como integrar este hábito no nosso dia-a-dia agitado.
Dois anos após a criação da rubrica “Simplicidade e Bom Senso” voltamos a fazer um balanço. Sim, novamente, tal como fizemos há um ano atrás, porque um estilo de vida físico e mentalmente saudável requer que sejamos, permanentemente, capazes de parar e reavaliar o caminho percorrido.
Passado um ano do “nascimento” da rubrica “Simplicidade e Bom Senso” é altura de balanço. É altura de parar, fazer uma retrospetiva e relembrar o objetivo que nos levou a decidir trilhar este caminho. Depois, então, perceber onde viemos dar e para onde queremos prosseguir.
O refrão da canção de António Variações, ouvida vezes sem conta nos anos 80, é o mote perfeito para nos levar a refletir sobre uma atitude que nos afeta a todos, em maior ou menor grau. Por vezes com grande desconforto e grandes consequências: a procrastinação.
Estávamos no verão de 1957 quando Donald Winnicott apresentou numa reunião da Sociedade Britânica de Psicanálise um artigo com uma das teorias mais interessantes e marcantes a respeito dos processos de maturação emocional dos seres humanos: “A capacidade de estar só”.
A busca por uma vida mais simples e frugal, do ponto de vista material, aparece desde há muito tempo em várias culturas mas é especialmente evidente na cultura tradicional japonesa, particularmente na filosofia zen que associa os conceitos de desapego e liberdade na busca pela essência da vida.
Há alguns meses, num programa de televisão sobre jovens músicos prodigiosos, perguntava-se a uma criança que aprendia a tocar violino o que sentia quando tocava. A menina respondeu simplesmente: “Sinto uma grande alegria”. Estando a lançar-me no desafio da compreensão da linguagem musical e a tentar aprender a tocar um instrumento, senti uma identificação profunda com estas palavras.
“O caminho faz-se…caminhando”. Esta frase do poeta espanhol António Machado mostra como o simples ato de caminhar pode simbolizar a vida e ser muito mais do que uma forma de exercitar o seu corpo. Então, porque não caminha simplesmente?
E se, de repente, alguém lhe oferecer…simplesmente, boa companhia e muitas gargalhadas neste natal? Como acha que se sentiria se não tivesse que fazer listas de presentes, muitas contas ao dinheiro que vai gastar (que para muitas famílias é cada vez menos) e sobretudo se não tivesse que passar horas intermináveis em lojas, hipermercados e centros comerciais a comprar presentes?
Há alguns anos atrás decidi, sem pensar muito sobre o assunto, deixar de usar relógio e por exagerado que pareça, senti que me estava a libertar. O acto de olhar continuamente para o meu relógio de pulso fazia-me sentir aprisionada e ansiosa. Era como ter uma voz ao ouvido que irritantemente me dizia: “já são horas disto”, “já são horas daquilo”, “já estás atrasada”, “não vais ter tempo”.
A forma como a nossa mente funciona determina em grande medida a forma como percepcionamos as nossas experiências, o que explica por que razão, perante as mesmas circunstâncias, alguns vêm o copo meio cheio e, outros, o copo meio vazio. Assim sendo, porque não começar por simplificar a sua vida, através do treino da sua mente?
A partir de 15 de Outubro o Stop Cancer Portugal passará a ter uma nova rubrica: “Simplicidade e Bom Senso”, à terceira segunda-feira de cada mês. O objetivo desta rubrica é ajudar os leitores a refletirem a respeito dos seus estilos e filosofia de vida, contribuindo para que possam definir atitudes e comportamentos que vão no sentido da vivência de experiências de maior simplicidade, serenidade e satisfação e, em consequência, mais saúde e bem-estar.