Atualmente, a deteção do cancro acontece quando os sintomas aparecem. Isso corresponde a detetar o cancro na fase 3 ou fase 4, o que pode ser tarde demais. É preciso esperar que os sintomas se revelem, nos deem sinais de que há qualquer coisa que não está bem. Apesar de sabermos que detetar um cancro precocemente é a condição mais favorável para a sua cura, a maioria das pessoas continua a não ter acesso a métodos de deteção precoce do cancro.
Como diz o investigador Jorge Soto: os tratamentos médicos e os medicamentos para tratar o cancro são considerados do século XXI, mas continuamos a ter meios de diagnóstico do século passado, se é que para certos tipos de cancro existem.
Jorge Soto é engenheiro eletrotécnico, de formação, e a sua equipa defende que este cenário deve ser alterado: quanto mais cedo detectamos o cancro, mais eficaz é o tratamento. Por isso, investigam novas formas a nível molecular para detetar o cancro na sua fase inicial e monitorizar uma resposta adequada com procedimentos fáceis, mais baratos e mais acessíveis.
O seu contributo e a sua investigação para a deteção precoce do cancro baseia-se num teste simples, não invasivo que identifica o cancro numa fase precoce através da procura de moléculas muito pequenas chamadas microRNA que circulam na corrente sanguínea.
Assista à palestra que Jorge Soto deu para a TED talks . Legendas disponíveis em português.