Surgem de forma quase natural, ao longo da vida, deformações na coluna vertebral, conhecidas como cifoses, escolioses e lordoses. Quase sempre, estes problemas são posturais, necessitando de uma correção postural.
Podem surgir também deformações ao nível dos membros inferiores, joelho valgo ou varo. Rotação do pé internamente ou externamente. Rotação da pélvis, entre outras.
Para corrigir estes problemas é importante começar por ter consciência do corpo. Nas aulas de yoga, o professor, deve sempre ter em conta a concentração e a capacidade do aluno perceber o corpo. Executar as posturas permite a correção postural.
As posturas de yoga, praticadas de forma consciente, com atenção plena na prática da postura, na consciência do movimento subtil do corpo e da zona que se pretende melhorar, permitem que as assimetrias, encurtamentos de músculos, ou o híper estiramento, se alinhem e corrijam lentamente.
O normal de uma aula de yoga é ajudar o praticante a experimentar e a identificar-se com o corpo, movendo-o de forma a percecionar os limites do mesmo, e a forma como pode ultrapassar esses limites. Muitas vezes, o aluno não sabe nem como se mover de forma correta e este é o trabalho do professor: explicar ao aluno como conquistar e dominar o seu corpo. Depois desta conquista e do domínio, o aluno passará a transportar este conhecimento para o movimento que realiza diariamente.
A realização do movimento de forma consciente necessita de ser acompanhada de uma respiração consciente. Só o facto de respirar de forma correta, possibilita sentir-se menos cansado.
Este processo de plena atenção no movimento, treinado ao longo do tempo, leva a que o movimento correto surja de forma natural e inconsciente.
A aula de yoga, orientada por um professor certificado, tem aqui um papel fundamental: de aula em aula, vai corrigir e moldar a atitude corporal do aluno. Este processo é fulcral para que não exista regressão no processo terapêutico do yoga e se alcance a correção postural.
Esta transformação do corpo e da consciência do corpo não tem um plano pré definido. Cada aluno é um caso. Cada aluno evolui de acordo com a sua capacidade de concentração e de domínio do corpo. Este conhecimento depende de inúmeros factores. Portanto não se deve ter expectativas, mas sim, acreditar e percecionar as pequenas melhorias quer na aula, quer no dia-a-dia.
Nem todas as posturas resultam com todas as pessoas. O professor tem de saber qual ou quais as posturas mais indicadas para cada pessoa e a forma de a praticar. Cada asana, ou postura, tem múltiplas variantes para ajustar essa postura a cada praticante. Pode-se ainda, recorrer ao uso de cadeiras, mantas, rolos, cintos e blocos. Assim o aluno pode perceber melhor como conquistar o corpo e a mente.
Para o praticante de yoga, o maior desafio é quase sempre ao nível psicológico. Isto porque, trata-se de aceitar o corpo que se tem, saber respeitar as suas limitações. Admitir isso pode ser um processo lento, muitas vezes acompanhados por pequenos retrocessos. Mas quando há a coragem e determinação para prosseguir, leva a enormes e gratificantes conquistas, ao nível físico, mas sobretudo a nível psicológico e claro, a nível espiritual. Todas as coisas se conquistam de forma subtil, mas de um modo eficaz.
[fonte]Referências: Manual Curso de Professores de Hatha Yoga Ed. Vidya-Academia de Yoga do Porto, 2010. “El libro del yoga”, Swami Visnhu Devananda, Alianza Editorial, S. A., 2001; “Yoga y Medicina”, Dr. Timothy McCall, Paidotribo; 1º edição (January 1, 2009). Fonte da imagem: http://uber-codes.com/category/uber-promo-code-kansas-city/ [/fonte]