As crianças que aprendem a cultivar os seus próprios alimentos são mais propensas a comer fruta e legumes, apreciam a frescura desses alimentos e expressam um maior interesse por estes alimentos.
Por isso, aqui no “mais saúde por metro quadrado” sugerimos: partilhe um “metro quadrado”de terra e ensine os seus filhos ou crianças próximas de si, a cultivar alguns hortofrutícolas ou ervas aromáticas. Os próximos dias são bons para cultivar por exemplo: alecrim, cebolas e espinafres.
O consumo regular de fruta e legumes é fundamental para garantir uma dieta diversificada e nutritiva. A fruta e os legumes assumem um papel muito importante na alimentação porque apresentam baixa densidade energética, são a melhor fonte de micronutrientes, de fibras e de outros componentes com propriedades funcionais conhecidos por fitoquímicos.
É emergente estimular o consumo destes alimentos nas crianças. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um consumo mínimo de 400 g de fruta e vegetais por dia, contudo alguns estudos comprovam que este consumo não é atingido, ficando muito aquém, pela maioria das crianças.
É nos primeiros anos de vida que as crianças estão mais suscetíveis a que surjam carências e desequilíbrios nutricionais. As crianças não nascem com um saber inato para uma escolha alimentar adequada e por isso, esta escolha deve ser vinculada pela educação, pela observação e pela experimentação. Já há estudos a indicar que o consumo de fruta e legumes por parte das crianças está relacionado positivamente com o consumo dos seus pais.
A educação ambiental e as experiências ao ar livre ajudam as crianças a ganhar respeito pelos seres vivos, estimulam a curiosidade e proporcionam experiências de vida significativas. Promova boas experiências, ligadas à natureza, para a geração mais nova. É uma experiência única, envolvente e educativa.
[fonte]Referências: Lohr V., Pearson-Mims C. 2005.Children´s Active and Passive interactions with plants influence their attitudes and actions toward tress and gardening as adults; HortThecnology. July-september. ; Christian, M. et al. 2014. Evaluation of the impact of a school gardening intervention on children’s fruit and vegetable intake: a randomised controlled trial. nt J Behav Nutr Phys Act. 2014; 11: 99. Published online 2014 Aug 16. doi: 10.1186/s12966-014-0099-7.; Wells, N et al. 2014. Study protocol: effects of school gardens on children’s physical activity. Arch Public Health. 2014; 72(1): 43.Published online 2014 Dec 8. doi: 10.1186/2049-3258-72-43.; Loureiro I. 2004; A importância da educação alimentar: o papel das escolas promotoras de saúde. Rev Port Saúde Públ 22 (2): 43-55. Créditos da imagem: http://workinghandsfarm.com/ [/fonte]