Tendo já identificado quatro estilos de adaptação à doença:
Descrevo o quinto e último estilo, a preocupação ansiosa.
A ansiedade é o factor que predomina neste estilo de adaptação à doença. Um dos comportamentos mais comuns é a busca compulsiva da serenidade.
A maior parte do tempo é gasto com a preocupação de que a doença possa voltar, e todo e qualquer sintoma é imediatamente identificado como sinal de uma nova doença. A tranquilidade é procurada por auto-referência, e através do excesso da busca de informações sobre o cancro. O diagnóstico representa uma grande ameaça, há incerteza sobre a possibilidade de exercer controlo sobre a situação e o futuro é visto como imprevisível.
As declarações típicas do doente ansioso são as seguintes:
“Estou preocupado que o cancro volte e que eu possa ficar pior”.
“Tenho dificuldade em entender que isto me tenha acontecido”.
“Eu não posso lidar com isto sem saber o que o futuro me reserva”.
[fonte]Fonte: Greer, S. (2008). CBT for emotional distress of people with cancer: some personal observations. Psycho-Oncology, 17 (2), 170-173.[/fonte]