O trabalho, as preocupações com a vida em geral são uma enorme fonte de stress. O stress causa ansiedade, depressão, problemas de sono, transtornos psicológicos, atitudes compulsivas, ataques de pânico, entre outros possíveis distúrbios. Também pode criar problemas físicos como aumento da pressão arterial, gastrites, problemas intestinais e outros. A capacidade para gerir o stress é quase nula e, muitas vezes, recorre-se ao uso de produtos farmacêuticos, ou outro tipo de intervenções que vão desde o alopático ao alternativo. O yoga é uma opção alternativa e bastante eficaz.
Saber controlar a respiração sentindo que se pode gerir a forma como se respira é uma das principais intervenções que se pode fazer e como suporte para aliviar o stress.
Todos experienciamos a sensação de paz perante uma vista paradisíaca ou uma música que nos toca de forma especial. Quando as coisas começam a parecer fora de controlo no trabalho ou no dia-a-dia, uma forma simples para acalmar o sistema nervoso e melhorar o estado de espírito, é mudar o foco da sua atenção para a respiração. As técnicas de pranayama, ou seja, as técnicas de controlo sobre a respiração podem ser uma poderosa redefinição do seu estado de espírito, da forma como sente o seu corpo e a maneira pela qual a mente sente tranquilidade e capacidade de recuperar o comando das situações, de uma forma mais harmoniosa.
Se escutar a sua respiração percebe que os momentos de agitação emocional levam a uma respiração mais acelerada. Da mesma maneira, estados de calma e relaxamento baixam, em muito, os ciclos de respiração.
Uma outra técnica de yoga é usar o relaxamento como forma de acalmar corpo e mente. Para se conseguir relaxar é fundamental saber acalmar a respiração. Quando a respiração se acalma, a mente acalma-se também e, em simbiose, levam o corpo a relaxar.
Para trazer tranquilidade e harmonia à sua vida procure escutar a respiração e dominar a forma como respira. Pode fazer isso em qualquer local, mesmo no transporte público, porque é uma experiência subtil e apenas percetível por quem pratica. De pé ou em posição sentada, procure fazer respirações completas, ou seja, inspire pelo nariz levando o ar até à zona superior do abdómen, sentindo a dilatação do diafragma e depois do peito. Perceba a pequena pausa que se processa de forma natural antes de iniciar o processo da expiração. Expire da mesma maneira, lentamente deixe que o diafragma volte à sua posição natural e em seguida tenha a mesma sensação com o peito. Sinta de novo uma pequena pausa que irá dar início ao recomeço do processo da inspiração. Vai sentir no final de algumas respirações a necessidade de suspirar, essa é a melhor referência para perceber que se está a acalmar.
Depois de respirar algumas vezes e sentir que domina a forma como se observa, pare de se focar sobre a respiração e sinta as sensações que vêm do seu corpo e da sua mente. Como a resposta é garantidamente encorajadora, é uma forma de motivação para continuar a respirar numa atitude de consciência do ato. Repita sempre que poder, até a sua respiração se tornar naturalmente calma, fluida e profunda, tal como a vida que deseja. Deixe que esta forma de respirar se torne duradoura, natural e que as vezes que tem de repetir este processo sejam cada vez mais distantes.
[fonte]Créditos da imagem: https://programadecoerenciafuncional.wordpress.com/2012/08/30/respiracao-uma-maneira-de-equilibrar-as-emocoes-e-administrar-o-stress/ [/fonte]