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diÓSpiro!

 dióspiroQuando se faz uma pesquisa sobre um determinado tema encontram-se informações que, por vezes, nada têm  a ver com o objetivo principal, mas que podem servir outros propósitos, estes também de teor educativo.

José Teixeira, investigador da Universidade do Minho, no seu texto “ Linguística… para poetas: o papel e as inter-relações das Ciências da Linguagem perante as outras ciências”, refere que muitos de nós, portugueses, pronunciam mal a palavra dióspiro. Passo a citar: […] Ouve-se alguém a dizer, imaginemos: “No mercado os diospiros estavam caros.”. De repente a imagem e o som param e aparece o dono da norma: “como disse?! Diospiro?! Não sabe que não se pode dizer diospiro, mas dióspiro? Vem do grego διóσπυρος, etc…” E pronto! Aí está a lição de “linguística” dada. O locutor de serviço louva a sabedoria demonstrada e promete que vai passar a dizer dióspiro […].

Esclarecidos sobre o modo como se diz dióspiro, também os entendidos em sabores recomendam que este fruto deve ser comido bem maduro, o que suaviza o seu sabor adstringente, um conselho para quem até hoje nunca “tocou” neste fruto.

Pela minha experiência pessoal com os dióspiros, sugiro-lhe que, se os provou há alguns anos e não gostou, faça agora uma nova tentativa; pode ser que mude de opinião, como me aconteceu. Simplesmente estavam verdes quando os provei, ditando a minha aversão imediata a tal fruto. Hoje, aguardo com expetativa a sua chegada ao mercado de frescos.

Há alguns benefícios em incluir o dióspiro, agora durante estes meses do Outono. É mais uma opção contribuindo, assim, para que faça uma alimentação variada, regra básica da alimentação saudável.

Há estudos realizados para avaliar o dióspiro que revelaram as suas vantagens nutricionais. É muito rico em água e fibra (80.3 g e 4 g respetivamente por 100 g de fruto fresco), em diversos minerais (magnésio, ferro, zinco, cobre e manganésio) e uma apreciável quantidade de vitamina C (7.5 mg/100g). É um dos frutos mais bioativos e esta capacidade deve-se à presença de fitoquímicos, tais como os carotenóides, em particular a ß–criptoxantina,  a zeaxantina e o betacaroteno, e de um grupo específico de polifenóis, denominados taninos.

Os taninos presentes no dióspiro mostraram ter um efeito 20 vezes mais potente que a atividade antioxidante da vitamina E.

O potencial anticarcinogénico e antimutagénico dos taninos parece estar relacionado com a sua capacidade antioxidante, traduzindo-se numa proteção contra os danos oxidativos a nível celular e na inibição da produção de radicais livres responsáveis por induzir alterações celulares envolvidas em doenças como a aterosclerose, as doenças inflamatórias e o cancro.

[fonte]Referencias: Teixeira, J. D. S. (2002). Linguística… para poetas: o papel e as inter-relações das ciências da linguagem perante as outras ciências.; Jung, S. T., Park, Y. S., Zachwieja, Z., Folta, M., Barton, H., Piotrowicz, J., … & Gorinstein, S. (2005). Some essential phytochemicals and the antioxidant potential in fresh and dried persimmon. International journal of food sciences and nutrition56(2), 105-113.; Jang, I. C., Jo, E. K., Bae, M. S., Lee, H. J., Jeon, G. I., Park, E., … & Lee, S. C. (2010). Antioxidant and antigenotoxic activities of different parts of persimmon (Diospyros kaki cv. Fuyu) fruit. J. Med. Plants Res, 4(2), 155-160. [/fonte]

O texto «Dióspiro» foi publicado pela primeira vez no Stop Cancer Portugal em Outubro de 2010.

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