A prática do yoga na estabilização do músculo psoas
O músculo psoas é um dos músculos mais profundos localizados no corpo humano. O corpo, da sua camada mais externa para a mais interna, é composto pela pele, músculos, órgãos e esqueleto. Mas existem exceções, como é o caso do crânio que existe para proteger o cérebro ou o músculo psoas que se localiza entre os intestinos e a coluna vertebral.
O músculo psoas localiza-se numa zona profunda do corpo estabelecendo a ligação entre a parte superior e inferior do corpo. A sua correta funcionalidade permite não só a estabilidade, como também o correto funcionamento da coluna vertebral. Suprimir as tensões acumuladas neste músculo é uma das muitas vertentes que o yoga oferece.
Mas o músculo psoas é também determinante para o suporte dos órgãos da zona abdominal, já que a sua posição em diagonal, em relação ao eixo do corpo, permite colaborar junto com outros músculos da zona abdominal, na sustentação de órgãos vitais, contribuindo para o normal funcionamento do corpo humano.
A sua localização junto do diafragma, permite auxiliar a coordenação entre os movimentos do corpo e a respiração, realizando continuamente uma massagem sobre a coluna vertebral, os órgãos, os vasos sanguíneos e os tecidos nervosos, estimulando o movimento da circulação sanguínea e linfática. Todas as posturas de yoga, têm como base a ligação e a perceção da importância da respiração para a correta realização das posturas. Se o músculo psoas se encontrar debilitado, quer seja por atrofia, ou falta de exercício adequado que o estimule é fácil entender os problemas que poderão daí advir.
Depois destas considerações fica então evidente a importância deste músculo para a correta funcionalidade e estabilidade do corpo. Portanto, todo o movimento errado e assimétrico, assim como posturas físicas erradas afetam irremediavelmente o músculo psoas. A forma como andamos e respetivo movimento da zona pélvica, a excessiva lordose da zona lombar, são situações de carga adicional no músculo psoas. Mas estes dois exemplos, não são as únicas atitudes físicas passíveis de criar problemas neste músculo estabilizador. Basta atender à sua posição, com origem nas vertebras T12 e L1 até L4 (superfícies laterais e discos), havendo uma camada mais profunda, que se origina de L1-L5, formando o psoas maior e o psoas menor, respetivamente. Combina-se com o músculo ilíaco formando o músculo psoasilíaco. Este músculo insere-se no trocânter menor, sendo considerado um músculo poliarticular, já que a sua inserção se prolonga através de várias articulações. A dimensão deste músculo conjugado com a sua posição entre o tronco e os membros inferiores, permite perceber que o mesmo se pode contrair e relaxar na sua relação com cada vertebra da coluna lombar.
Analisemos o caso da contração do músculo psoas. Sabendo que ele contribui para a estabilidade física do corpo, a sua contração implica a perda dessa estabilidade, já que os outros músculos da zona abdominal, tenderão a contrair também, provocando por vezes um aumento da cifose dorsal, para desta forma se tentar manter a estabilidade ao caminhar. Na contração dos músculos psoas e psoas-ilíaco, os ossos pélvicos tendem a adiantar-se em relação à sua posição normal, diminuindo a distância entre as cristas ilíacas e as pernas, comprimindo também a cabeça do fémur dentro da sua articulação. Esta compressão faz com que o fémur perca alguma da sua capacidade de rotação, um movimento que passa em grande parte a ser realizado pelos joelhos e pela coluna lombar. Criando sobrecarga nestas zonas, devido ao trabalho excessivo desenvolvido por elas e criando desta forma uma catadupa de assimetrias e disfuncionalidades no corpo com maior ou menos gravidade.
A prática regular de yoga, permite que um grande conjunto de posturas, executadas numa determinada sequência, libertem de novo este conjunto de músculos e articulações, levando à normal funcionalidade do corpo e contribuindo para a sua normal estabilidade. Procure um professor devidamente certificado.