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Exercício na leucemia aguda: responder à fadiga e depressão  

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Um programa de exercício físico pode aliviar alguns dos efeitos colaterais durante e depois do tratamento da leucemia aguda.

A leucemia é o cancro da medula óssea e das células do sangue. É uma doença agressiva de desenvolvimento rápido, exigindo hospitalização imediata e quimioterapia intensiva.

Atualmente, cerca de 213 844 portugueses tem diagnóstico de cancro. Cerca de 4 242 pessoas vivem com leucemia aguda ou estão em remissão, segundo dados do novo relatório Globocan 2018 da Agência Internacional de Investigação do Cancro.

Estudos de revisão no campo do cancro e do exercício mostraram vantagens da implementação do exercício durante e após a quimioterapia, por aliviar alguns efeitos do tratamento, na melhoria da condição física e na redução das taxas de mortalidade.

A fadiga, as náuseas, a perda de massa corporal, a anemia e a depressão estão entre os efeitos colaterais mais comuns da quimioterapia. Estes efeitos são observados nos doentes com leucemia submetidos à quimioterapia.
A fadiga é um dos sintomas mais persistentes durante e após o tratamento da leucemia.
A diminuição da atividade física durante o tratamento contribui substancialmente para a fadiga, exaustão e depressão, agravando a qualidade de vida.

Foram avaliados os benefícios de um programa de exercício progressivo intra-hospitalar ao longo de 4 semanas a adultos com leucemia aguda. Os seus resultados foram publicados na revista científica Integrative Cancer Therapies.

Dezassete adultos recém diagnosticados com leucemia aguda foram incluídos no estudo (8 participantes no grupo de intervenção e 9 no grupo de controlo), com idades entre os 28 e os 69 anos.

O programa de exercício progressivo supervisionado consistiu em sessões de treino aeróbico de 5 a 15 minutos (caminhada ou bicicleta estática) e treino de resistência de 10 a 20 minutos (diferentes forças de faixas de resistência), em quatro dias por semana, duas vezes por dia (manhã e tarde). Na sessão da manhã, o treino de resistência abrangia exercícios na parte superior do corpo. A sessão da tarde envolvia exercícios na parte inferior do corpo. Os exercícios foram adaptados com base nas limitações físicas de cada paciente.
No final de cada sessão, os pacientes recebiam 5 minutos de relaxamento com alongamentos.

No geral, observou-se uma redução em todos os sintomas: fadiga, ansiedade, depressão e distúrbios do sono, com melhorias na saúde física e mental no grupo de intervenção.

O exercício físico de intensidade moderada sem supervisão pode não ser apropriado para uma população em tratamento hospitalar. Uma intervenção de baixa intensidade pode ser viável, como os alongamentos e a caminhada para ajudar a manter ou melhorar a condição física dos pacientes e para aliviar os sintomas da quimioterapia.

[fonte]Referências: Bryant, A. L., Deal, A. M., Battaglini, C. L., Phillips, B., Pergolotti, M., Coffman, E., … & Mayer, D. K. (2018). The Effects of Exercise on Patient-Reported Outcomes and Performance-Based Physical Function in Adults With Acute Leukemia Undergoing Induction Therapy: Exercise and Quality of Life in Acute Leukemia (EQUAL). Integrative cancer therapies17(2), 263-270.; Battaglini, C. L., Hackney, A. C., Garcia, R., Groff, D., Evans, E., & Shea, T. (2009). The effects of an exercise program in leukemia patients. Integrative cancer therapies8(2), 130-138.; http://gco.iarc.fr/today/data/factsheets/populations/620-portugal-fact-sheets.pdf ; Créditos da imagem: Larry D. Moore CC BY-SA 4.0. [/fonte]

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