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Carcinoma epitelial do ovário: exercício físico pode diminuir o risco

Embora a evidência seja limitada, existem alguns dados que suportam o efeito protetor do exercício físico no risco de carcinoma epitelial do ovário e descrevem benefícios durante a doença e na sobrevivência.

Uma revisão da literatura publicada na revista Gynecologic Oncology que incluiu 26 estudos sugere uma redução significativa do risco na ordem dos 30 a 60% para as mulheres que praticam exercício regular, comparativamente com aquelas que são inativas ou levam uma vida sedentária.

A fadiga, a ansiedade e as perturbações do sono são queixas comuns entre as sobreviventes de carcinoma epitelial do ovário. O estudo realizado no Canada com mulheres sobreviventes de carcinoma epitelial do ovário que seguiam as recomendações da prática regular de exercício físico (150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada) apresentaram menos queixas de fadiga, de neuropatia periférica, de perturbações do sono, de depressão e ansiedade, e alterações do humor, em comparação com sobreviventes que não cumpriam as recomendações.

Mecanismos biológicos do exercício físico

Estão identificados certos mecanismos biológicos que justificam a ligação positiva e benéfica da prática de exercício com a diminuição do risco de cancro e maior sobrevivência.

O exercício físico promove perda de peso, o que modifica as concentrações de citoquinas, resultando numa diminuição das concentrações da leptina e no aumento das concentrações de adiponectina. Estas duas hormonas, a leptina e adiponectina, têm sido amplamente investigadas devido ao papel que desempenham na sinalização celular do cancro.
A leptina é uma adipocina pró-inflamatória associada à gordura corporal. O seu papel é fundamental nas vias de sinalização moleculares para a proliferação celular, na inibição da apoptose, na angiogénese e estimulação vascular. Por outro lado, a adiponectina é uma adipocina anti-inflamatória que está inversamente associada com a gordura corporal e o desenvolvimento do cancro. A adiponectina é fortemente reconhecida por induzir a apoptose e na função da sensibilidade à insulina.

O exercício físico de intensidade moderada também contribui para diminuir o risco de cancro por duas vias: atenua a inflamação crónica e reforça a vigilância do sistema imunológico. O exercício regular altera o número e a função das células da imunidade inata: neutrófilos, monócitos, macrófagos, as células natural killers, muito importantes na vigilância imunológica e as células dendríticas.

São estes argumentos que nos levam a concluir que o exercício físico regular e de intensidade moderada oferece benefícios para a saúde e para a prevenção do cancro, enquanto um estilo de vida sedentário e a atividade física excessiva induzem danos no DNA, inflamação e outras consequências negativas para a saúde.

[fonte]Referências: Cannioto, R. A., & Moysich, K. B. (2015). Epithelial ovarian cancer and recreational physical activity: a review of the epidemiological literature and implications for exercise prescription. Gynecologic oncology, 137(3), 559-573.; Stevinson, C., Steed, H., Faught, W., Tonkin, K., Vallance, J. K., Ladha, A. B., … & Courneya, K. S. (2009). Physical activity in ovarian cancer survivors: associations with fatigue, sleep, and psychosocial functioning. International Journal of Gynecological Cancer19(1), 73-78.; Schmitz, K. H., Courneya, K. S., Matthews, C., Demark-Wahnefried, W., Galvão, D. A., Pinto, B. M., … & Schneider, C. M. (2010). American College of Sports Medicine roundtable on exercise guidelines for cancer survivors. Medicine & Science in Sports & Exercise42(7), 1409-1426.; Créditos da imagem: designed with the <a href=”https://www.vecteezy.com/”>Vecteezy Editor</a>[/fonte]

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