O cancro do pâncreas é uma das principais causas de morte por cancro e apresenta a menor taxa de sobrevivência quando comparado com todos os outros tipos de cancro.
Apesar da grande evolução dos tratamentos oncológicos, só 6 a 8 % dos doentes vão sobreviver ao fim de cinco anos. Contribui também para isto o facto de não haver meios de diagnóstico eficazes para a doença nos seus estágios iniciais, quando a remoção do tumor ainda é exequível. Com um diagnóstico tardio, 80 % dos casos são inoperáveis ou têm doença avançada, o que leva a que estes doentes não resistam mais que um ano de vida após o diagnóstico.
Fatores de risco do cancro do pâncreas
Um dos fatores com maior risco para o cancro do pâncreas é o tabagismo, com 30% de todos os casos. O alcoolismo crónico, a pancreatite crónica, a cirrose e a obesidade são também sérios responsáveis pelo seu aparecimento. Também há alguma evidência de que uma alimentação excessiva em gordura, e a inerente ingestão calórica, é um fator de risco contributivo, mas uma alimentação rica em fruta, legumes e vegetais pode reduzir o risco de cancro do pâncreas.
Em Portugal, o cancro do pâncreas corresponde a cerca de 2.5% de todos os diagnósticos de cancro. É responsável por 5.3% das mortes por neoplasias malignas, o que correspondeu a 1268 portugueses, segundo o Globocan 2012.
Como é que podemos tornar mais eficaz o tratamento do cancro pancreático? Que soluções estão a ser procuradas para tornar o cancro pancreático numa doença curável?
Laura Indolfi é uma das fundadoras da PanTher Therapeutics, uma empresa de Boston, nos Estados Unidos. Veja o que ela diz de novo sobre novas investigações para combater o cancro pancreático, na sua TED talk de fevereiro de 2016.
[fonte]Referências: da Fonseca, A. A., & Rêgo, M. A. V. (2016). Tendência da Mortalidade por Câncer de Pâncreas em Salvador-Brasil, 1980 a 2012. Revista Brasileira de Cancerologia, 62(1), 9-16.; Lowenfels, A. B., & Maisonneuve, P. (2004). Epidemiology and prevention of pancreatic cancer. Japanese journal of clinical oncology, 34(5), 238-244.; Créditos da imagem: http://www.medscape.com [/fonte]