Um estudo sobre “distress psicológico” realizado por Carlson e seus colaboradores em doentes com cancro da mama, da próstata, colo-rectal e pulmão (2776 doentes), descobriu que 37% dos doentes apresentavam índices elevados de mal-estar psicológico.
A somatização era o problema mais comum, a seguir à depressão e à ansiedade.
Metade dos doentes que preenchiam os critérios de mal-estar psicológico, não pediam apoio psico-emocional e não tencionavam fazê-lo num futuro próximo. Inquiridos sobre o motivo pelo qual não pediam ajuda, concluiu-se o seguinte: 44% não tinham a percepção de que precisavam de ajuda; 19% não estavam familiarizados com os serviços de apoio psicológico e por último, 8% não acreditavam no benefício da intervenção psicológica prestada.
Na minha opinião, os serviços hospitalares e os centros de saúde deveriam possuir linhas de orientação a fornecer aos profissionais de saúde, principalmente aos médicos e aos enfermeiros, indicando os critérios de selecção de doentes, para o apoio psicológico, quais os recursos que deveriam ser utilizados e por fim quais os procedimentos de tratamento que deveriam ser seguidos.