Os primeiros três meses de gravidez são especialmente exigentes.
O corpo transforma-se de forma vertiginosa para criar um sistema de suporte de vida para o bebé que se desenvolve.
Hormonas são libertadas para construir o revestimento do útero, e o volume sanguíneo aumenta para facilitar essa construção. A pressão arterial diminui de modo a que o coração possa bombear o líquido adicional, para que a placenta se forme. O tecido muscular começa a relaxar e as articulações começam a ceder para que o útero possa alargar à medida que o bebé cresce.
É na primeira parte deste trimestre que surge o maior risco de aborto espontâneo, por isso a atividade física durante este período, deve ser realizada de modo a criar as condições ideais para garantir a implantação do embrião e fixação adequada da placenta.
Toda esta atividade interna pode deixar a mulher grávida esgotada, com sono e uma enorme vontade de descansar.
Um professor de yoga deve, desde logo, estabelecer com a gestante, o que realmente é adequado para fazer numa aula de yoga. Por isso, é importante uma conversa com a grávida para se perceber as suas expectativas, limitações e capacidades físicas, bem como saber se o médico assistente está de acordo com a prática de uma atividade física e qual considera ser o estado de saúde da grávida.
Durante o primeiro trimestre, a grávida deve ser capaz de fazer as posturas, as asanas, básicas de yoga, mas é fundamental que ela ouça seu corpo e o respeite.
Judith Hanson Lasater é professora de yoga, fisioterapeuta, e autora do livro “Yoga para a gravidez”. Ela defende o ensino do yoga deforma a que as suas alunas possam confiar nos seus instintos. E afirma “se alguma coisa a faz sentir-se mal, pare; se algo parece muito, muito bom, continue fazendo. A intuição de uma mulher grávida é a razão pela qual a raça humana está aqui, então eu quero que as minhas alunas aprendam a confiar nela.”
Não existem posturas de yoga para grávidas, existem sim adaptações das posturas normais, que são ajustadas às diversas etapas da gravidez e à condição física da gestante.
Estas posturas pretendem contribuir para a harmonia e bem-estar da mulher e do bebé. Procuram incrementar a força muscular e a flexibilidade, sobretudo da zona inferior do corpo.
É importante fazer pausas entre as posturas, para que a grávida consiga escutar o seu corpo e perceber os benefícios do que acabou de realizar. Estas pausas também devem permitir escutar a respiração e deixar que a mesma se processe de um modo tranquilo, calmo e profundo.
Saber usar a respiração (pranayama) é fundamental na hora do parto e contribui de uma forma decisiva para acalmar a mente e controlar a dor, naquele momento.
Por fim, praticar meditação, ajuda a gestante a encontrar o equilíbrio mental e emocional, para encarar a gravidez e o parto com otimismo e confiança, e ainda descobrir a sua força e determinação interior.
[fonte] Fontes de informação: Yoga for Pregnancy & to get back into shape”, Francoise Barbira Freedman. Ed. Hermes House, Anness Publishing; “Yoga y Medicina”, Dr. Timothy McCall, Paidotribo; 1º edição (January 1, 2009). Livro “Yoga para gestantes”, Fadynha, Ed. Ground, 2005. Livro “Yoga, embarazo y nacimiento”, Janet Balaskas, Ed. Kairós, Maio 2002.
Créditos da imagem: http://www.huffingtonpost.com/2014/03/27/yoga-poses-pregnant_n_4961327.html [/fonte]