Rich Lady e Diamond Princess são duas variedades de pêssegos, entre centenas de variedades existentes pelo mundo fora. Em Portugal, em especial, a região da Beira Interior as condições climatéricas são particularmente favoráveis para a produção destas duas variedades.
O pêssego da Cova da Beira tem Indicação Geográfica Protegida (IPG), o seu peso médio ronda os 150 gramas por unidade. Através de cálculos nutricionais, verifica-se que um pêssego apresenta cerca de 59 calorias e com uma apreciável quantidade de fibra, 2 gramas, distribuída com equilíbrio entre fibra insolúvel e solúvel. Entre a fibra solúvel está a pectina que estimula e acelera o trânsito intestinal e dá uma preciosa ajuda na redução do LDL do colesterol.
No que respeita a vitaminas e minerais, realçam-se a vitamina C, a vitamina A, a vitamina B3 e o potássio. Todos estes nutrientes são imprescindíveis e contribuem para que nada falte às células do corpo, na manutenção da saúde.
Os pêssegos contêm uma mistura de fitoquímicos que incluem ácidos fenólicos, flavonóides, antocianidinas, procianidinas e carotenóides. Há um estudo realizado com pêssegos da variedade Rich Lady, que identificou o seu potencial anticancerígeno pela inibição da proliferação da linha celular MDA-MB-435 estrogénio independente do carcinoma da mama. Segundo este estudo, o efeito protetor parece ser da responsabilidade do ácido clorogénico.
Os Rich Lady revelaram-se ainda como sendo pêssegos manifestamente suculentos e doces.
Conhecer melhor as diferentes variedades do pêssego, com mais e melhor informação, e, claro está, prová-las, permite que se tome melhores decisões, que se repercutem em comer melhor, com mais sabor e qualidade. Exija saber mais sobre os alimentos que compra.
[fonte]Referências:Noratto G, Porter W, Byrne D, Cisneros-Zevallos L. Identifying peach and plum polyphenols with chemopreventive potential against estrogen-independent breast cancer cells. J Agric Food Chem. 2009 Jun 24;57(12):5219-26.; http://repositorio.ipcb.pt/bitstream/10400.11/183/1/Artigo%20Produ%C3%A7%C3%A3o%20e%20Qualidade%20NPP%202006(final).pdf [/fonte]
Este texto foi publicado pela primeira vez no Stop Cancer Portugal em julho de 2010.