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Aspartame e cancro?

A aprovão do uso de aditivos alimentares é baseada em vários testes que avaliam o risco para o consumidor, isto é, como o aditivo reage no organismo e se existe algum efeito tóxico. Esses testes incluem estudos de possíveis consequências que possam ser causadas por um consumo prolongado desse aditivo.

O aspartame é um adoçante sintético usado em alimentos há mais de 30 anos, sendo 200 vezes mais doce que a sacarose. A ingestão diária aceitável vai até 40 mg/kg de peso corporal, na União Europeia.

Considerando as várias opiniões que foram surgindo baseadas em estudos que reportaram efeitos tóxicos do aspartame, em janeiro de 2013, a European Food Safety Authority (EFSA) lançou uma consulta pública para um projeto de parecer científico sobre a segurança deste adoçante.

Uma vez que, após a ingestão, o aspartame é rapidamente dividido nos seus componentes, uma questão assenta nos elementos que o constituem (50% de fenilalanina, 40% de ácido aspártico e 10% de metanol) e outra na presença de produtos de degradação. Estes produtos são absorvidos para a corrente sanguínea e “destruídos”, não se acumulando no organismo. Os componentes do aspartame são mesmo encontrados em alimentos comuns. A dieta diária contém cerca de 60 vezes mais ácido aspártico que aquele que pode ser libertado de alimentos contendo aspartame. Quanto à fenilalanina, a dieta diária contém 35 vezes mais fenilalanina que a derivada de alimentos que contêm aspartame. A EFSA considerou seguro o metanol também libertado, referindo não existir preocupação tóxica ou carcinogénica proveniente do seu consumo. Também muitas frutas e vegetais e os seus sumos contêm metanol (um copo de sumo de tomate apresenta 6 vezes maior quantidade que um copo de uma bebida diet adoçada com aspartame).

Questões relacionadas com a segurança do aspartame foram levantadas, quando a European Ramazzini Foundation on Oncology and Environmental Sciences (ERF) lançou 2 estudos, sugerindo que o aspartame poderia provocar vários tipos de cancro em ratos, concluindo que este seria uma causa potencial de cancro em doses normais. Contudo, várias críticas negativas foram apontadas a estes estudos, pois não foram tidos em conta protocolos e guidelines específicos. Em 2010, outro estudo em ratos publicado pela ERF sugeriu que o aspartame induzia cancro do fígado e do pulmão. Neste caso, a EFSA concluiu que os resultados não seriam tidos em conta, já que o tipo de tumores observados no tipo de ratos utilizados eram irrelevantes para a avaliação de risco em humanos.

Considerando o aspartame, a maioria dos estudos em animais não demonstraram aumento de risco de cancro. A associação entre aspartame e cancro cerebral não foi evidente em estudo com animais e os estudos subsequentes em humanos não encontraram evidências consistentes num aumento do risco causado pelo aspartame e pelo consumo de bebidas com o adoçante, em crianças ou adultos. Também no que diz respeito a doenças malignas hematopoiéticas, cancro da mama e do pâncreas não foi observada qualquer associação de risco com o consumo de aspartame ou com bebidas com este adoçante. Um estudo que integrou vários outros trabalhos em Itália, entre 1991 e 2008, não encontrou associação entre o consumo de adoçantes não calóricos e o risco de vários cancros, como os da cavidade oral e faringe, esófago, coloretal, mama, ovário, próstata e rim, ao que se acrescenta uma não associação de risco de cancro do estômago, pâncreas e endométrio, noutro trabalho publicado em 2009.

A EFSA pode, a qualquer altura, rever a sua decisão com base em novos dados que reportem efeitos tóxicos. No caso do aspartame, todos os anos são publicados vários estudos confirmando a inexistência de risco para vários tipos de cancro.

[fonte] EFSA, 2013. DRAFT Scientific Opinion on the re-evaluation of aspartame (E 951) as a food additive. Disponível em http://www.efsa.europa.eu/it/consultationsclosed/call/130108.pdf. Acedido a 24 de janeiro de 2014. Marinovich M, Galli CL, Bosetti C, Gallus S, La Vecchia C. Aspartame, low-calorie sweeteners and disease: regulatory safety and epidemiological issues. Food Chem Toxicol. 2013; 60:109-15.[/fonte]

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