Sabia que a vitamina C em excesso ajuda a desenvolver células malignas? Para muitas pessoas isto parece uma mentira, mas não é! A vitamina C – que é necessária, sem dúvida – é também um ótimo alimento para as células cancerígenas.
Para quem tiver um cancro – mesmo algum que ainda não tenha dado sinal de sua existência – ele agradece todo o excesso de vitamina C que você ingerir (geralmente sob a forma de suplementos). O mesmo se passa com os açúcares (incluindo a frutose).
Isto acontece porque as células malignas consomem mais glucose do que as células saudáveis. A vitamina C ajuda aquelas células a dividirem-se mais rapidamente. Aliás, muitas outras vitaminas, fazem o mesmo (veja só: o nosso corpo precisa apenas de 30 miligramas por dia de vitamina C – o equivalente a meia laranja; a maioria dos suplementos de vitamina C contêm 1000 miligramas!!!!).
Atualmente, existe uma mania consumista quanto aos suplementos vitamínicos (e uma enorme pressão de marketing anunciando-os como milagrosos contra o envelhecimento, a queda do cabelo, o stress, etc.). Mas estamos perante um enorme embuste publicitário!
Os suplementos vitamínicos apenas devem ser tomados em situações de carência (como acontece com na anemia). Muitos desses suplementos as pessoas os tomam em excesso e isso é perigoso, não apenas por causa dessa história do cancro mas porque podem colocar em desequilíbrio todo o seu organismo.
Veja: uma alimentação saudável, com base em legumes e alguma fruta, cereais, sementes, peixe e carne magra garante-lhe todas as vitaminas e minerais de que o seu corpo precisa. Logo, tudo o que você tomar acima dos valores necessários você está a gastar dinheiro, está a “intoxicar” o corpo, está provocando desequilíbrios metabólicos e está alimentando possíveis canceres.
O organismo é um sistema que se mantém num jogo constante de equilíbrio em que estão presentes inúmeros fatores, incluindo aquilo que ingerimos e fazemos. Tudo o que for além das necessidades traz problemas.
Quanto aos medicamentos fale com seu médico para que tome as doses necessárias e as ideais (nem de mais nem de menos) e com o mínimo de efeitos secundários (mesmo que você não os sinta).
Muitas doenças, como o cancro, não são doenças dos genes mas das células. Ora estas alimentam-se de nutrientes que chegam através dos alimentos e dos seus outros hábitos de vida.
Siga a seguinte lista de recomendações (e evite seguir dietas milagrosas e suplementos para tudo).
O que o seu corpo mais deseja:
- uma alimentação saudável (diversificada e equilibrada) apostando em água, legumes, cereais, sementes, fruta, peixe e alguma carne magra;
- movimento (o sedentarismo mata a longo prazo!);
- contacto com a natureza (nós estamos inseridos num sistema vastíssimo que é o Cosmos);
- exercício mental (leitura, por exemplo);
- momentos de relaxamento (para diminuir ou cortar com tensões – incluindo stress – elevadas e frequentes);
- emoções positivas;
- uma boa rede social de amigos.
Lembre-se que muitas doenças são devidas a excessos, desde o açúcar (praticamente todos os tipos) ao álcool, aos suplementos vitamínicos e aos antioxidantes desnecessários, à ingestão de gorduras saturadas (presentes na manteiga, em carnes vermelhas gordas e em laticínios integrais) e nas trans encontradas em diversos alimentos industrializados (margarina, biscoitos, bolos, batata frita, etc.).
Nelson S. Lima, neuropsicólogo e professor de Neurociência
[fonte] Referências: Agus David. O Fim da Doença. Ed Pergaminho. 2013 [/fonte]