Quem nunca tomou um medicamento após uma dor de cabeça, dor abdominal, febre ou até por alterações intestinais como diarreia ou obstipação?
Quem nunca pediu a opinião de uma pessoa conhecida ou amiga acerca de qual o medicamento que deveria tomar perante determinado sintoma?
A impossibilidade de acesso de grande parte da população ao atendimento médico por questões financeiras, a dificuldade de deslocação dos habitantes de algumas aldeias, a dependência física ou doença mental ou até a publicidade a medicamentos na televisão e revistas, são algumas das causas que levam muitas pessoas a automedicarem-se.
A automedicação, muitas vezes entendida como uma solução para o alívio imediato de determinado sintoma, pode tornar-se um problema com consequências muito graves, nomeadamente: contribuir para erros de diagnóstico; agravamento de uma doença, uma vez que pode esconder determinados sintomas; anular ou potenciar a ação de medicamentos em uso; facilitar o aumento da resistência de microrganismos, nas situações de antibioterapia; intoxicações; dependências e em situações mais graves reações alérgicas que podem levar o individuo à morte.
Assim, para que a medicação não se torne num inimigo e tenha o máximo de eficácia, é importante que não se use os medicamentos de forma indiscriminada e irrefletida. A prescrição médica, a informação do farmacêutico ou do enfermeiro são muito importantes para a preservação da saúde e prevenção da doença.