Hoje mulheres e homens deviam vestir cor-de-rosa

cancro-da-mamaHoje mulheres e homens deviam vestir cor-de-rosa para ninguém esquecer da importância de prevenir o cancro da mama.

As previsões apontam: 1 em cada 8 mulheres irá desenvolver cancro da mama em algum momento durante a sua vida. Os homens também podem ser afetados, mas com uma incidência muito menor, com um risco de 1 para 1000.

E é a partir de hoje que mulheres e homens deveriam adotar 4 medidas simples para reduzir o risco do cancro da mama, ajudando a proteger a sua saúde.

  1. Vigie o seu peso. O excesso de peso ou a obesidade aumenta o risco, sobretudo após a menopausa. O tecido adiposo é a principal fonte de estrogénio em mulheres pós-menopausa e não os ovários. Quanto mais tecido adiposo mais estrogénio para estimular o crescimento do cancro da mama. Assim, se já tem um peso saudável, ótimo! Se tem quilos a mais, livre-se deles! Um objetivo fácil para começar é tentar perder 5% a 10% desse peso, de preferência durante 6 meses. Para a maioria das mulheres isto significa perder apenas meio quilo por semana.
  2. Exercite-se com regularidade. Muitos estudos revelaram que o exercício é saudável para os seios. Um estudo evidenciou que as mulheres que fizeram menos de 75-150 minutos por semana de caminhada rápida apresentaram uma diminuição do risco de desenvolver cancro da mama em cerca de 18%. Incrementar a atividade física diária pode contribuir ainda mais para reduzir esse risco. A recomendação da American Cancer Society (ACS) é de 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa, divididos ao longo da semana. Ou uma combinação de ambos.

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  3. Limite o consumo das bebidas alcoólicas. As mulheres que ingerem duas ou mais bebidas alcoólicas por dia têm um risco aumentado de cancro da mama em  1 ½ vezes em relação às mulheres que não bebem nada. Isto não significa que não se possa desfrutar de um copo de vinho ao jantar. A recomendação da ACS é de uma bebida por dia para as mulheres e duas para os homens. A quantidade deve respeitar o teor alcoólico das bebidas conforme indicações na imagem.
  4. Evite a terapêutica hormonal de substituição. A terapêutica hormonal de substituição permitiu suavizar ou anular os sintomas incómodos da menopausa, como os suores noturnos e os fogachos. Porém, em 2002, os investigadores encontraram efeitos secundários nesta terapêutica. Isto é, as mulheres pós-menopausa que tomavam uma combinação de estrógeno e progesterona ficam propensas a desenvolver cancro da mama, além de outros problemas. O risco de cancro de mama parece voltar ao normal depois de 5 anos após a interrupção da combinação de hormonas. O estrogénio isolado parece não aumentar o risco de cancro da mama, embora possa potenciar outros problemas de saúde.
    Deve conversar com o seu médico sobre todas as opções para controlo de sintomas da menopausa, os riscos e benefícios de cada uma. Se decidir fazer terapêutica de substituição, o melhor será a menor dose e pelo mais curto tempo possível.

Texto adaptado de American Cancer Society em http://www.cancer.org/cancer/news/four-ways-to-reduce-your-breast-cancer-risk ; Gethins M. Breast cancer in men. J Natl Cancer Inst. 2012 Mar 21;104(6):436-8.

Margarida Vieira, nutricionista, licenciada em Ciências da Nutrição (FCNAUP-1991), mestre em Nutrição Clínica (ISCSEM-2008). Doutorada em Estudos da Criança, na especialidade de saúde infantil pela Universidade do Minho. Membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas com a cédula profissional nº 0052N. Investigadora na Fundação para a Ciência e Tecnologia (2011-2015). Membro do Centro de Investigação em Estudos da Criança – CIEC. Desenvolve a sua atividade na Investigação e na área da Nutrição Clínica. É autora e coordenadora de projectos de prevenção primária na área da saúde, bem como na organização e dinamização de seminários sobre hábitos alimentares saudáveis, predominantemente em ambiente escolar. Os seus atuais interesses de investigação, são no domínio da promoção e da comunicação para a saúde, na prevenção do cancro e de outras doenças crónicas. Responsável pela conceção e coordenação de campanhas para a prevenção do cancro. Trabalhou no Marketing Farmacêutico e especializou-se em Gestão e Comunicação da Marca (IPAM – 2003). Autora e fundadora do Stop Cancer Portugal, adotar um estilo de vida saudável. Usa o novo acordo ortográfico. Margarida Vieira, nutritionist, is PhD in Child Studies of the University of Minho. Member collaborator of the Research Centre for Child Studies - CIEC. 
She is author and coordinator of projects for primary prevention in health care as well as in the organization and promotion of workshops on healthy eating habits in the schools. Her current research interests are cancer prevention and other chronic diseases and health communication.
 Responsible for the design and coordination of the awareness of campaigns for the prevention of cancer. Worked in Pharmaceutical Marketing and specializes in Brand Management and Communication. Author and Founder of Stop Cancer Portugal Project.