Os marcadores tumorais (MT) são substâncias produzidas pelas células tumorais ou por células saudáveis como resposta ao desenvolvimento do tumor ou a doenças não cancerígenas. Estas substâncias podem ser detetadas no tecido tumoral, no sangue, na urina, na expetoração ou outros fluídos corporais.
Todos nós temos MT em circulação no nosso corpo. No entanto, numa situação de cancro, os MT estão por norma mais elevados, uma vez que as células tumorais produzem mais MT que as células normais.
É esta característica que torna os MT numa ferramenta para ajudar no diagnóstico de um cancro (um valor alto alerta para a possibilidade de um cancro) ou para acompanhar a eficácia do tratamento (por norma, se o tratamento está a ser eficaz, os valores diminuem). Isoladamente, os MT não são suficientes para diagnosticar.
Os MT são objeto de diversos estudos e até ao momento não existe o MT perfeito, que per si permita despistar e diagnosticar um cancro. Isto não invalida a sua utilidade clínica. Atualmente, cerca de 20 MT ajudam os oncologistas a diagnosticar e a acompanhar o doente com cancro, nomeadamente:
- PSA (Antigénio específico da próstata), utilizado no cancro da próstata
- HER2 / CA15-3 / CA27.29, utilizados no cancro da mama
- CD20, utilizado no tumor não Hodgkin
- CA125, utilizado no cancro do ovário.
Volto a salientar que os valores dos MT não são apenas produzidos pelas células tumorais! Todos os valores devem ser analisados pelo seu médico em conjunto com outros exames, nomeadamente biópsia, ecografia, TAC.
[fonte]Fontes: http://www.cancer.gov/cancertopics/factsheet/detection/tumor-markers; http://www.manualmerck.net/?id=189&cn=1597; http://www.inca.gov.br/rbc/n_53/v03/pdf/revisao1.pdf; COSTA, Cristina [et all] – O cancro e a qualidade de vida[/fonte]