Os marcadores tumorais (MT) são substâncias produzidas pelas células tumorais ou por células saudáveis como resposta ao desenvolvimento do tumor ou a doenças não cancerígenas. Estas substâncias podem ser detetadas no tecido tumoral, no sangue, na urina, na expetoração ou outros fluídos corporais.
Todos nós temos MT em circulação no nosso corpo. No entanto, numa situação de cancro, os MT estão por norma mais elevados, uma vez que as células tumorais produzem mais MT que as células normais.
É esta característica que torna os MT numa ferramenta para ajudar no diagnóstico de um cancro (um valor alto alerta para a possibilidade de um cancro) ou para acompanhar a eficácia do tratamento (por norma, se o tratamento está a ser eficaz, os valores diminuem). Isoladamente, os MT não são suficientes para diagnosticar.
Os MT são objeto de diversos estudos e até ao momento não existe o MT perfeito, que per si permita despistar e diagnosticar um cancro. Isto não invalida a sua utilidade clínica. Atualmente, cerca de 20 MT ajudam os oncologistas a diagnosticar e a acompanhar o doente com cancro, nomeadamente:
- PSA (Antigénio específico da próstata), utilizado no cancro da próstata
- HER2 / CA15-3 / CA27.29, utilizados no cancro da mama
- CD20, utilizado no tumor não Hodgkin
- CA125, utilizado no cancro do ovário.
Volto a salientar que os valores dos MT não são apenas produzidos pelas células tumorais! Todos os valores devem ser analisados pelo seu médico em conjunto com outros exames, nomeadamente biópsia, ecografia, TAC.

Miguel Oliveira, natural de Braga, licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Calouste Gulbenkian – Universidade do Minho (2007), com passagem por Itália na área oncológica ao abrigo do programa de intercâmbio Europeu ERASMUS. Formador com CAP (2008), Pós-Graduado em Neuropsicologia de Intervenção pelo CRIAP/Associação Portuguesa de Neuropsicologia (2010).
Colaborou no IEFP como formador. Iniciou a atividade de enfermagem em 2008 num hospital oncológico em Portugal, atualmente exerce a profissão no Reino Unido.
Colaborou em vários projetos relacionados com a prevenção primária e apoio a doentes com cancro colo-rectal e seus familiares (Europacolon Portugal).
Membro ativo na Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa, atualmente colaborador no Workgroup Dor.
Por indicação do autor, os seus textos não obedecem ao novo acordo ortográfico.
Miguel Oliveira, born in Braga, Portugal, completed the Nursing License Degree at Calouste Gulbenkian Superior Nursing School, University of Minho (2007), with oncology experience in Italy under the European student exchange program ERASMUS. Former certified by IEFP (2008), completed the Post-Graduate Degree in Neuropsychology Intervention at CRIAP/ Portuguese Society of Neuropsychology (2010).
Collaborated with IEFP as a former. Started as a Nurse Staff in 2008 in a cancer hospital in Portugal, at the moment is a Registered Nurse working in the UK.
Collaborated in several projects dedicated to cancer primary prevention and support to colorectal cancer patients and its family (Europacolon Portugal).
Active member of the Portuguese Association of Oncology Nursing, at the moment collaborates with the Pain Workgroup.