Cancro da próstata

Sistema Reprodutor MasculinoA próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada sob a bexiga e em frente ao reto, envolvendo parte da uretra. Em condições normais, o seu tamanho assemelha-se ao de uma avelã ou pequena noz. A sua principal função é produzir um líquido (fluído seminal) que irá fornecer um meio nutritivo e protetor para os espermatozóides, durante a ejaculação.

O cancro da próstata não é comum em idades inferiores a 50 anos. Segundo dados de 2010, morrem todos os anos 1500 a 1800 homens com este cancro e estimam-se 3 a 4 mil novos casos.

O Dr. Tomé Lopes, presidente da Associação Portuguesa de Urologia, afirma que estes números seriam certamente menores se não existisse por um lado uma resistência masculina ao toque retal, e por outro, o receio de que o tratamento deste cancro afete a capacidade sexual.

Numa fase inicial, este cancro não produz sintomas. Quando estes surgem podem ser iguais aos provocados por outras doenças como a prostatite (infeção da próstata) e a hiperplasia benigna da próstata (aumento do tamanho das células da próstata que ocorre a partir dos 40/50 anos).

Estas 3 patologias podem ter em comum a:

  1. dificuldade em iniciar a micção
  2. dificuldade em manter o jato de urina contínuo
  3. dor ou desconforto ao urinar
  4. urina com sangue
  5. urinar frequente e em pequenas quantidades

Como os sintomas não são específicos, a suspeita de cancro da próstata resulta do acompanhamento dos níveis de PSA (sigla inglesa para o antigénio específico da próstata) no sangue, do toque retal (palpação da próstata através do ânus) ou de outros exames como a ecografia. No entanto o diagnóstico apenas é confirmado pela biópsia, recolha direta de células da próstata que serão depois analisadas.

Como em qualquer cancro, o diagnóstico precoce é um fator favorável para o tratamento. Todos os homens a partir dos 50 anos de idade devem efetuar exames de rastreio. Se houver história na família de cancro da próstata ou outro, o rastreio deve iniciar-se mais cedo.

O tratamento pode incluir a quimioterapia, a radioterapia, a cirurgia, a hormonoterapia ou uma combinação destes tratamentos. A opção do oncologista terá em conta o tipo de tumor e o seu estadio, bem como a idade e a vontade do doente.

Miguel Oliveira, natural de Braga, licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Calouste Gulbenkian – Universidade do Minho (2007), com passagem por Itália na área oncológica ao abrigo do programa de intercâmbio Europeu ERASMUS. Formador com CAP (2008), Pós-Graduado em Neuropsicologia de Intervenção pelo CRIAP/Associação Portuguesa de Neuropsicologia (2010). Colaborou no IEFP como formador. Iniciou a atividade de enfermagem em 2008 num hospital oncológico em Portugal, atualmente exerce a profissão no Reino Unido. Colaborou em vários projetos relacionados com a prevenção primária e apoio a doentes com cancro colo-rectal e seus familiares (Europacolon Portugal). Membro ativo na Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa, atualmente colaborador no Workgroup Dor. Por indicação do autor, os seus textos não obedecem ao novo acordo ortográfico.     Miguel Oliveira, born in Braga, Portugal, completed the Nursing License Degree at Calouste Gulbenkian Superior Nursing School, University of Minho (2007), with oncology experience in Italy under the European student exchange program ERASMUS. Former certified by IEFP (2008), completed the Post-Graduate Degree in Neuropsychology Intervention at CRIAP/ Portuguese Society of Neuropsychology (2010). Collaborated with IEFP as a former. Started as a Nurse Staff in 2008 in a cancer hospital in Portugal, at the moment is a Registered Nurse working in the UK. Collaborated in several projects dedicated to cancer primary prevention and support to colorectal cancer patients and its family (Europacolon Portugal). Active member of the Portuguese Association of Oncology Nursing, at the moment collaborates with the Pain Workgroup.