Acordar as consciências

consciênciasAno novo, vida nova e sobre este ano de 2012 muito se tem dito.

Entre todas as teorias, mais ou menos apocalípticas sobre este novo ano, encontra-se uma que é, sem dúvida, interessante e que gostaria de ver concretizada, ou seja, a ideia de que 2012 trará a oportunidade de despertar consciências.

É comum tal acontecer a cada um de nós, especialmente quando somos abalroados por situações limite que põem em questão tudo aquilo que nos sustenta. A doença é muitas vezes esse elemento novo que nos obriga a reformular tudo e a reencontrar um novo caminho.

Alguns de nós, acordam para uma nova realidade e para a necessidade de aprender a ver para além do aparente e a viver para além do automático. Nesse percurso de aprendizagem, percebemos o quão essencial é analisar criticamente a informação que nos rodeia e que nos inunda vinda de todas as frentes: dos meios de comunicação social, da internet e de uma infinidade de outras fontes.

O despertar da consciência dá-se quando passamos a procurar e a filtrar activamente a informação em lugar de simplesmente a recebermos passivamente. A vivência indirecta, mas próxima, de uma doença como o cancro tem-me levado constantemente a uma conclusão: é urgente mudar o modo como vivemos, isto é o modo como nos alimentamos, onde e como vivemos, o que compramos, como gerimos as nossas relações e os nossos afectos, como tratamos preventivamente da nossa saúde, como cuidamos do nosso corpo e mente e até como nascemos e morremos. No fundo é preciso cuidar do nosso ser como um todo, voltarmos para dentro de nós e em simultâneo religarmo-nos ao mundo em nosso redor.

Neste processo de mudança percebemos que algumas das supostas verdades absolutas que nos são apresentadas vindas do exterior e que achávamos inquestionáveis, têm que ruir para dar lugar à verdade que reside no interior de cada um de nós e que acredito que cada um saberá encontrar desde que mantenha acordada a sua intuição e bom senso. Assim, só posso desejar que 2012 seja um ano de despertar e que possamos cada vez mais prevenir o cancro em lugar de o tentar tratar!

Rita Rosado nasceu em 1974 no Barreiro apesar de viver actualmente numa aldeia do Concelho de Tomar com a sua família. Licenciou-se em Psicologia Clínica pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa em 1997, é membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses com a cédula profissional nº 007261 e concluiu o Mestrado em Ciências da Educação – Formação de Adultos em 2007, pela mesma Universidade. Fez formação em Psicoterapia durante 2 anos, na Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica e exerceu esta actividade entre 1998 e 2005. Actualmente trabalha na área de Orientação Profissional e concilia esta atividade com a formação amadora na área musical. O seu interesse pela problemática da prevenção do cancro aprofundou-se após a experiência que vivenciou enquanto familiar de doentes de cancro. A sua abordagem perante a prevenção dos estados de doença tem por base uma visão holística dos seres humanos enquanto seres com uma dimensão física, emocional e até espiritual ou existencial com necessidade de cuidados ao nível de todas estas facetas.     Rita Rosado was born in Barreiro in 1974 but now lives in a small village near the city of Tomar (Central Portugal). Rita studied Clinical Psychology at Psychology and Educational Sciences College at Lisbon University and got her degree on 1997. She also got a Master degree in Educational Sciences – Adults Education, at the same College, ended in 2007. Rita had 2 years training in Psychoterapy at Portuguese Clinical Psychology Society and worked as a Psychoterapist between 1998 and 2005. At the moment she works has a Career Counselling and spends also some time learning music. Rita´s interest in cancer prevention grows when she had to face this problem in her family. Her vision about health prevention is: “We should see human beings in their multiple dimensions, physical, emotional and spiritual or existential and realize the need to care for all these dimensions”.