Gosta de maracujá? Então está na altura de aproveitar estas últimas semanas do Verão e saborear o seu sabor intenso, como se fizesse uma viagem aos trópicos. Ao mesmo tempo, usufrui dos seus benefícios nutricionais e fisiológicos, de tão rico que o maracujá é em vitaminas, minerais e substâncias fitoquímicas.
O maracujá parece-se com uma cápsula e há duas variedades principais: o maracujá roxo (Passiflora edulis L.), mais comum em Portugal, e o maracujá amarelo (P. edulis f. flavicarpa).
Pequeno, o maracujá pode pesar entre 40 a 50 gramas. Quando cortada a casca dura, acede-se a uma polpa mole de tom alaranjado com pequenas sementes escuras, mas comestíveis, muito ricas em fibras, sobretudo fibras do tipo insolúvel.
O conteúdo interior também é relativamente pouco volumoso, aproximadamente 25 ml (5 colheres de chá), onde se condensa um autêntico complexo multivitamínico (vitaminas A, C, B2, B3) e minerais como o potássio e o magnésio.
No maracujá já foram identificados fitoquímicos da família dos carotenóides (ζ-caroteno, prolicopeno, violaxantina , β -criptoxantina, β-caroteno e α-caroteno) e um conjunto de polifenóis (ácido p-hidroxibenzóico, ácido siríngico, ácido clorogênico, ácido p-cumárico, eugenol).
São conhecidos os benefícios do maracujá na saúde: acção antiespasmódica, sedativa e controlo da pressão arterial.
O efeito anticancerígeno dos fitoquímicos encontrados no sumo de maracujá foi observado num estudo realizado na Universidade da Florida. Os níveis de fitoquímicos obtidos no plasma, após o consumo de sumo de maracujá, mostraram a sua capacidade em destruir células cancerígenas.
Com 3 maracujás consegue-se reunir cerca de 75 ml de polpa fresca. Se lhe adicionar um litro de água e algum açúcar, com moderação, para não mascarar o verdadeiro sabor do maracujá (5 gramas por cada copo a preparar é suficiente) obtém um dos sumos mais exóticos que o pode levar, a si e à sua família, numa viagem de paladar até aos trópicos.
Referências bibliográficas:
http://www.fea.unicamp.br/alimentarium/ver_documento.php?did=864; Rowe CA, Nantz MP, Deniera C, Green K, Talcott ST, Percival SS. Inhibition of neoplastic transformation of benzo[alpha]pyrene-treated BALB/c 3T3 murine cells by a phytochemical extract of passionfruit juice. J Med Food. 2004;7(4):402-7.;

Chau C.F., Huang Y.L. Characterization of passion fruit seed fibres – A potential fibre source.(2004) Food Chemistry, 85 (2), pp. 189-194.

Margarida Vieira, nutricionista, licenciada em Ciências da Nutrição (FCNAUP-1991), mestre em Nutrição Clínica (ISCSEM-2008). Doutorada em Estudos da Criança, na especialidade de saúde infantil pela Universidade do Minho. Membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas com a cédula profissional nº 0052N.
Investigadora na Fundação para a Ciência e Tecnologia (2011-2015). Membro do Centro de Investigação em Estudos da Criança – CIEC.
Desenvolve a sua atividade na Investigação e na área da Nutrição Clínica. É autora e coordenadora de projectos de prevenção primária na área da saúde, bem como na organização e dinamização de seminários sobre hábitos alimentares saudáveis, predominantemente em ambiente escolar.
Os seus atuais interesses de investigação, são no domínio da promoção e da comunicação para a saúde, na prevenção do cancro e de outras doenças crónicas.
Responsável pela conceção e coordenação de campanhas para a prevenção do cancro.
Trabalhou no Marketing Farmacêutico e especializou-se em Gestão e Comunicação da Marca (IPAM – 2003).
Autora e fundadora do Stop Cancer Portugal, adotar um estilo de vida saudável.
Usa o novo acordo ortográfico.
Margarida Vieira, nutritionist, is PhD in Child Studies of the University of Minho. Member collaborator of the Research Centre for Child Studies - CIEC.
She is author and coordinator of projects for primary prevention in health care as well as in the organization and promotion of workshops on healthy eating habits in the schools.
Her current research interests are cancer prevention and other chronic diseases and health communication.
Responsible for the design and coordination of the awareness of campaigns for the prevention of cancer.
Worked in Pharmaceutical Marketing and specializes in Brand Management and Communication.
Author and Founder of Stop Cancer Portugal Project.
30, Setembro, 2011 @ 19:58
Sou uma grande apreciadora de maracujá. Há vários anos que consumo o mesmo da minha produção. É verdade! Conhecia algumas das suas propriedades mas este artigo ilucidou-me bastante. Parabéns pelo vosso projecto que é notável.
1, Outubro, 2011 @ 12:20
Obrigada pela sua participação e pelo seu reconhecimento ao trabalho diário que é feito por todos os elementos que colaboram com este projeto, Stop Cancer Portugal. É em português e para todos os portugueses.
Felicito-a por poder usufruir da produção caseira de maracujás.
Há regiões de Portugal onde a produção de maracujá se pode dar muito bem.
É necessário, cada vez mais, produção portuguesa de frutas e produtos hortícolas. Mas com qualidade “devidamente certificada”.
26, Dezembro, 2012 @ 22:27
os maracujas dao.se na zona nordeste de portugal, mesmo com geada?
27, Dezembro, 2012 @ 1:00
A beira baixa será uma boa zona para a produção de maracujas? Esta fruta tem saída?
2, Janeiro, 2013 @ 23:11
O maracujá como fruto deve ser mais consumido pelo que já foi descrito no artigo, neste caso como bem disse deve “ter saída” na sua época.
Quanto à Beira Baixa ser uma possível zona de produção, não tenho informações que possam ajudar mas irei averiguar e logo que possa darei uma resposta.
No entanto, é um fruto de zonas tropicais.
19, Fevereiro, 2013 @ 20:47
Desculpe não saber responder à sua questão. Penso que pode tentar e ver como se adapta.