Auto-exame da mama: conheça-se para reconhecer

Auto-exame da mama

O auto-exame da mama consiste num procedimento de observação e de palpação das mamas, quer pela mulher, quer pelo homem, para despiste de alterações. Durante este procedimento poderá detectar alterações de coloração, de tamanho, de forma das mamas, podendo ainda despistar a existência de feridas, nódulos e corrimento mamilar.

A aplicação desta técnica rápida apresenta duas vantagens: (i) quem realiza o auto-exame fica a conhecer melhor o seu corpo e mais facilmente detectará alterações; (ii) as alterações detectadas mais precocemente podem conduzir a tratamentos mais eficazes, quer para o cancro da mama, quer para outras doenças.

O auto-exame da mama deverá ser realizado mensalmente pelas mulheres após o período menstrual (entre o 3º e o 5º dia), pois nesta altura as mamas estão mais relaxadas e menos dolorosas à palpação. Relativamente às mulheres já na menopausa e aos homens, estes deverão escolher um dia fixo para realizar este auto-exame (poderá ser, por exemplo, o dia 1 de cada mês).

Esta técnica está dividida em duas fases: a observação em frente a um espelho e a palpação com os dedos.

Para facilitar a sua execução e de forma a integrá-la numa rotina, o auto-exame da mama pode ser realizado antes e durante o banho. Assim, antes do banho, em pé em frente ao espelho (como mostra a figura) observe as mamas e os mamilos inicialmente com os braços levantados, depois com os braços ao longo do corpo e por fim de perfil. Nesta observação deve procurar alterações na forma, tamanho (é normal uma mama ser ligeiramente maior que a outra) coloração da mama e mamilo, bem como da presença de feridas ou crostas. Por fim aperte ligeiramente o mamilo para despistar a saída ou não de corrimento.

Numa segunda fase, em frente ao espelho, deitada ou durante o banho, deverá palpar a mama e a axila esquerda com a polpa dos dedos da mão direita, usando movimentos circulares (ver figura). De seguida deve palpar a mama e axila direita com a mão esquerda. Com esta palpação pode encontrar nódulos ou inchaços, alterações na textura da pele.

Qualquer alteração que detecte na mama, mamilo e axila ou alguma dúvida que possa ter deverá contactar o seu médico de família.

Miguel Oliveira, natural de Braga, licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Calouste Gulbenkian – Universidade do Minho (2007), com passagem por Itália na área oncológica ao abrigo do programa de intercâmbio Europeu ERASMUS. Formador com CAP (2008), Pós-Graduado em Neuropsicologia de Intervenção pelo CRIAP/Associação Portuguesa de Neuropsicologia (2010). Colaborou no IEFP como formador. Iniciou a atividade de enfermagem em 2008 num hospital oncológico em Portugal, atualmente exerce a profissão no Reino Unido. Colaborou em vários projetos relacionados com a prevenção primária e apoio a doentes com cancro colo-rectal e seus familiares (Europacolon Portugal). Membro ativo na Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa, atualmente colaborador no Workgroup Dor. Por indicação do autor, os seus textos não obedecem ao novo acordo ortográfico.     Miguel Oliveira, born in Braga, Portugal, completed the Nursing License Degree at Calouste Gulbenkian Superior Nursing School, University of Minho (2007), with oncology experience in Italy under the European student exchange program ERASMUS. Former certified by IEFP (2008), completed the Post-Graduate Degree in Neuropsychology Intervention at CRIAP/ Portuguese Society of Neuropsychology (2010). Collaborated with IEFP as a former. Started as a Nurse Staff in 2008 in a cancer hospital in Portugal, at the moment is a Registered Nurse working in the UK. Collaborated in several projects dedicated to cancer primary prevention and support to colorectal cancer patients and its family (Europacolon Portugal). Active member of the Portuguese Association of Oncology Nursing, at the moment collaborates with the Pain Workgroup.