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Dormir pouco e comer em excesso: há uma relação!

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Dormir pouco pode levar ao aumento de peso. A justificação que a ciência dá é que esta relação entre não dormir o suficiente e o ganho de peso deve-se a um desequilíbrio entre as duas hormonas que regulam o apetite: a leptina e a grelina.

No mecanismo de regulação do apetite, a grelina é responsável por enviar ao cérebro um sinal, avisando: tenho fome. A leptina tem o papel oposto. Durante uma refeição, a leptina envia ao cérebro um sinal de saciedade. Mas quando há privação do sono, quando não dormimos o suficiente o mecanismo pode desregular e as duas hormonas passam a comportar-se de forma diferente.

Um padrão contínuo de sono insuficiente diminui os níveis de leptina, o que quer dizer que durante as refeições que fazemos não é enviado ao cérebro um sinal claro de que nos sentimos saciados. Ao mesmo tempo, os níveis da grelina sobem com a privação do sono, o que pode despoletar uma sensação constante de fome e que vamos querer comer mais.

Mas as provas científicas descobriram, ainda, outro obstáculo nesta relação entre dormir e comer. Quando dormimos pouco, quando nos privamos cronicamente do sono que precisamos, noite após noite, não só queremos comer mais, como irá aumentar o desejo por alimentos ricos em açúcar e com alto teor calórico.

Dormir bem todas as noites, cumprir as horas recomendadas de sono (7 a 9 horas) pode ajudar a regular o apetite e o peso.

Através de um pequeno video educativo, o neurocientista Matt Walker ajuda-nos a compreender como funcionam as duas hormonas e como a falta de sono afeta o que comemos e quanto comemos.

Matt Walker é professor de neurociência e psicologia na Universidade da California, em Berkeley, e diretor do Center for Human Sleep Science. A sua investigação tem como objetivo examinar o impacto do sono na saúde e nas doenças.

Assista agora ao vídeo disponibilizado pelo canal TED.

Referências: Greer, S. M., Goldstein, A. N., & Walker, M. P. (2013). The impact of sleep deprivation on food desire in the human brain. Nature communications, 4(1), 2259.
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