É habitual sentir-se sonolento durante a tarde e ter uma enorme vontade de fazer uma sesta?
Isso acontece com muitos de nós algures entre a uma e as quatro da tarde.
Os investigadores do sono dão o nome a essa experiência de quebra do estado de alerta. O que isso sugere é que pode ter um padrão bifásico de sono. Ou seja, para si o ideal é um longo período de sono à noite e depois uma sesta curta à tarde, durante o dia.
Matt Walker é especialista em sono, investiga sobre o seu impacto na saúde e na doença e defende que fazer uma sesta tem muitos beneficios que são ignorados. Por exemplo, uma sesta ajuda a relaxar e isso melhora o humor e aumenta os níveis de energia mental. Uma sesta ajuda na consolidação da memória como acontece com os bebés, especialmente depois de aprenderem uma nova habilidade ou viverem uma nova experiência. Também pode melhorar a cognição e a qualidade do sono. À medida que envelhecemos, a sesta pode promover a estabilização do humor e melhorar o desempenho cognitivo: 30 minutos a meio da tarde mostrou um aumento da qualidade do sono noturno para os adultos mais velhos.
Uma sesta, mesmo curta, repara uma falta de sono. Acumular horas de sono insuficiente ao longo dos dias pode causar danos ao nível físico, mental e emocional. Tempos de reação mais lentos, visão prejudicada são sintomas comuns. Introduzir uma sesta regular pode dissipar esses efeitos colaterais.
Por isso, é importante entender os ciclos de sono. Uma sesta curta de 20 minutos é o tempo ideal, mas há evidências de que uma sesta longa (cerca de 60 minutos) pode ser ainda mais restauradora, quando corretamente cronometrada.
Nada como experimentar sestas com diferentes durações para entender o seu ritmo circadiano natural – o relógio biológico e a duração natural dos seus ciclos de sono, para identificar o período ideal para a sua sesta diária.
Mas se as sestas da tarde podem ser refrescantes para uns, podem atrapalhar os ciclos de sono para outros. No video educativo para o canal TED, Matt Walker revela os prós e contras de dormitar e dá alguns conselhos sobre como tirar o máximo proveito de sua próxima soneca.
[fonte]Referências: Li, J., Vitiello, M. V., & Gooneratne, N. S. (2018). Sleep in normal aging. Sleep medicine clinics, 13(1), 1-11. [/fonte]