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Como funciona a yogaterapia?

O yoga é comumente entendido como uma prática física, mas a forma como é praticado, através da concentração no corpo e na respiração, percebendo as sensações da postura (asana), entendendo como é possível ultrapassar barreiras psicológicas que se colocam de forma inconsciente, na forma como se perspetiva a prática de yoga, fazem com que esta prática, embora, de forma subtil seja mais uma terapia da mente que uma terapia física.

São associados a quem pratica yoga o aumento da autoestima, da aceitação de quem se é, incrementando a autoconfiança e a sensação de bem-estar e de harmonia com o mundo. Praticar yoga é um ato de coragem, porque a descoberta de quem se é e de quem se deseja ser é muitas vezes um mundo antagónico e que provoca conflitos interiores. Por esta mesma razão, assiste-se cada vez mais a um laço estreito entre a psicologia, a psiquiatria e o yoga. Muitos dos meus alunos são recomendados por estes profissionais e os benefícios são evidentes. Outras especialidades médicas, também começam a recomendar a prática de yoga como uma terapia coadjuvante.

Quando se inicia um ciclo de aulas de yogaterapia tem de se ter presente a condição física do aluno. Os alunos devem preencher um formulário onde indicam a sua condição física e mental.

Todas as aulas de yoga têm como base uma sequência, aquilo a que no yoga se chama postura e contra postura. Por exemplo, se a coluna faz uma flexão, a postura de yoga seguinte deve ser uma retroversão da coluna. Estas sequências devem ser diversificadas, para que as cadeias musculares que se identificam com uma postura sejam constantemente identificadas com novos movimentos ou esforços. É necessário perceber a disponibilidade mental do aluno para posturas mais desafiantes, motivá-lo e incentivá-lo a sempre estar disponível para ultrapassar a zona de conforto.

Para o professor de yoga, a aula é um enorme momento de liberdade, já que pode antever o ensino de diferentes sequências, liberdade que implica a responsabilidade de garantir que as sequências elaboradas dão estrutura, coerência, significado e potencial transformador ao aluno. Para o professor de yoga é o momento de aplicar tudo o que aprendeu sobre yoga, da anatomia à filosofia, da asana (postura) ao pranayama (técnicas de respiração), da concentração à meditação, num processo de autoaceitação e de autorrealização, dando ao praticante uma oportunidade para adquirir uma visão mais profunda do processo da consciência do eu, da sua evolução e autotransformação.

Existem alunos que preferem sequências de yoga bem definidas. Ajuda-os a encontrar uma forma de concentração mais apaziguadora para o estado mental em que se encontram. Por exemplo, lidar com a ansiedade: permite estar presente no momento e da ligação entre respiração, corpo e mente. Para outros, este tipo de sequências leva a um ato mecanizado e por sua vez a estados de alheamento do momento presente. Todo o aluno é diferente e por isso, deve conhecer-se bem o aluno, para trabalhar com ele de modo a que a evolução seja possível.

Esta é a base para aulas de yogaterapia: saber escutar, saber estar presente, saber ler os sinais do corpo, dar a aula por e pelo aluno.

[fonte]Créditos da imagem: https://www.clinicavidya.com/single-post/2018/08/13/Yogaterapia [/fonte]

 

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