O risco de cancro colorretal duplicou para os millennials, a geração Y. Por isso, o rastreio precoce deve começar mais cedo e as campanhas de prevenção devem ser acionadas, contínuas e adaptadas.
Nos anos 80, receber um diagnóstico de cancro cólon antes dos 50 anos era considerado um caso raro. Atualmente, enfrentamos uma outra realidade: o risco de cancro colorretal duplicou em 40 anos.
Um estudo epidemiológico americano concluiu que os jovens adultos são cada vez mais afetados por este tipo de cancro e está relacionado com o aumento de casos de obesidade na adolescência. Os indivíduos que nasceram em 1990 têm duas vezes mais risco de serem diagnosticados com cancro do cólon, comparativamente com os nascidos na década de 50. Além disso, o risco de ser vítima de cancro do reto é quatro vezes maior para a geração Y.
Em Portugal, o cancro do cólon é o tipo de cancro mais incidente (14,5%) e é o maior responsável pela mortalidade em ambos os sexos (15,7%).
Só a prevenção, através de campanhas de educação e sensibilização e do rastreio precoce, pode contribuir significativamente para travar um problema que, agora, passa a ser dos adultos jovens da geração Y.
O diagnóstico precoce do cancro colorretal é particularmente eficaz e determinante para o sucesso do tratamento. Os experts recomendam uma reavaliação da idade mínima, uma vez que atualmente, a idade estipulada para a primeiro rastreio é aos 50 anos.
As campanhas de sensibilização e educação para a adoção de um padrão alimentar saudável e de um estilo de vida ativo são muito valiosas. O excesso de peso, um padrão alimentar pobre em fibras alimentares, o consumo excessivo de carnes processadas, o sedentarismo e os hábitos tabágicos são os principais fatores de risco para o desenvolvimento do cancro colorretal, mas todos eles são modificáveis.
[fonte] Referências:Siegel, R. L., Fedewa, S. A., Anderson, W. F., Miller, K. D., Ma, J., Rosenberg, P. S., & Jemal, A. (2017). Colorectal cancer incidence patterns in the United States, 1974–2013. JNCI: Journal of the National Cancer Institute, 109(8).; WHO. Globocan 2012: Estimated cancer incidence, mortality and prevalence worldwide in 2012. 2012. Disponível em: http://gco.iarc.fr/today/fact-sheets-populations?population=900&sex=0#collapse1; Créditos da imagem: https://www.edools.com/geracao-z/ [/fonte]