O exercício físico está associado a reduções significativas nas taxas de recorrência e da mortalidade de alguns tipos de cancro.
Os sobreviventes de cancro que fazem exercício físico podem ter benefícios na redução da fadiga, na melhoria considerável da qualidade de vida. Promove melhorias na função física e na composição corporal, com indicadores mais saudáveis de massa corporal magra e massa gorda.
O exercício físico deve ser adaptado aos efeitos agudos, de longo prazo e tardios que afetam o sobrevivente. A atividade necessária para alcançar efeitos protetores diz respeito à prática de atividades moderadas. Por exemplo, andar 30 minutos por dia a 4 km por hora.
No entanto, muitos profissionais de saúde referem falta de conhecimento das recomendações de exercício nas diversas fases da sobrevivência do cancro. Há necessidade de maior informação sobre os períodos e tempos de prática de exercício. Também é necessário saber como encaminhar os sobreviventes para programas de exercícios especificamente destinados à sua condição física.
O American College of Sports Medicine defende que o exercício é geralmente seguro para a maioria dos sobreviventes de cancro e a inatividade deve ser evitada. As orientações gerais referem 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana. O treino de resistência deve ser realizado ≥ 2 dias por semana e deve envolver os oito principais grupos musculares. Por exemplo, treino com pesos leves.
O American College of Sports Medicine dá, ainda, recomendações explicitas de adaptação do exercício físico para condições específicas. Os sobreviventes com linfedema, reconstrução mamária, com cateteres centrais e ostomias devem seguir precauções específicas. Estão, também, incluídos nas recomendações, os sobreviventes com efeitos secundários da quimioterapia, imunoterapia ou radioterapia, por comprometimento imunológico, por fadiga, neuropatia periférica e fraqueza.
Por isso, os profissionais de saúde devem receber formação para aconselharem, adequadamente, os seus pacientes sobreviventes de cancro, recomendações de exercício. Esta medida é essencial para melhorar os resultados dos sobreviventes de cancro.
[fonte]Referências: Schwartz, A. L., de Heer, F. H. D., & Bea, J. W. (2017). Initiating Exercise Interventions to Promote Wellness in Cancer Patients and Survivors. ONCOLOGY-NEW YORK, 31(10), 711-717. [/fonte]