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Ritmo circadiano: respeite os horários do seu relógio biológico

Chama-se núcleo supraquismático e é o seu relógio interno central. Comanda o ritmo circadiano, rigorosamente calibrado para lidar com 12 horas de luz solar e 12 horas de escuridão, o ritmo natural da nossa espécie. É uma pequena estrutura cerebral, com cerca de 50 mil células, alojada dentro do hipotálamo e adapta a nossa fisiologia às diferentes fases do dia.

O relógio biológico determina quando nos devemos sentir cansados, quando estar em alerta, quando devemos ter fome. Também define tarefas noturnas de limpeza celular e de reparação do ADN.

Milhões de indivíduos em todo o mundo não obtém um sono regenerador para uma função metabólica saudável. O sono de má qualidade, o sono em atraso ou outras perturbações do sono comprometem diferentes aspetos da fisiologia, imprescindíveis na regeneração do corpo humano.

Há evidências robustas, em modelos animais e humanos, a sugerir que a desregulação do relógio biológico e o descontrolo do ritmo circadiano contribuem para o ganho de peso, obesidade e para uma saúde metabólica prejudicial.

Agora, estão desvendados os mecanismos moleculares que controlam o relógio biológico interno e os ritmos circadianos, por três americanos, Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young, a quem foi atribuído o Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina 2017.
“O sono é vital para a função cerebral normal e a disfunção circadiana tem sido associada a perturbações do sono como a depressão, o transtorno bipolar, a função cognitiva, a formação de memória e algumas doenças neurológicas. Em casos raros, os distúrbios da fase do sono são devidos a mutações nos genes do relógio circadiano resultando em ciclos de sono-vigília avançados ou atrasados. Estudos indicaram que a desregulação crónica entre o nosso estilo de vida e o ritmo ditado pelo nosso relógio circadiano endógeno pode estar associado ao risco aumentado de várias doenças, incluindo o cancro, as doenças neurodegenerativas, os distúrbios metabólicos e a inflamação.”, adianta o documento publicado pelo comité do Nobel do Instituto Karolinska. Estas descobertas têm implicações profundas no bem-estar e na vida quotidiana.

Está na hora de acertar o seu relógio biológico!

[fonte]Referências: McHill, A. W., & Wright, K. P. (2017). Role of sleep and circadian disruption on energy expenditure and in metabolic predisposition to human obesity and metabolic disease. Obesity Reviews18(S1), 15-24.; Sachdeva, U. M., & Thompson, C. B. (2008). Diurnal rhythms of autophagy: implications for cell biology and human disease. Autophagy4(5), 581-589.; “The 2017 Nobel Prize in Physiology or Medicine – Advanced Information: Discoveries of Molecular Mechanisms Controlling the Circadian Rhythm “. Nobelprize.org. Nobel Media AB 2014. Web. 3 Oct 2017. Créditos da imagem: Nobel Committee [/fonte]

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