Trabalhar sentado ou de pé? Reduza o tempo de trabalho sentado.

Trabalhar sentado é um comportamento sedentário que pode prolongar-se por mais de oito horas e durante toda a semana. Esta posição é, atualmente, vista como um risco para a saúde e um problema de saúde pública.

Nos indivíduos com empregos sedentários há risco aumentado de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, síndrome metabólica e cancro. Por outro lado, as pausas para reduzir o tempo a trabalhar sentado relacionam-se com perfis metabólicos positivos. As pausas frequentes na atividade sedentária contribuem para um risco menor de saúde com melhores indicadores, como o perímetro da cintura, o índice de massa corporal, os níveis de triglicerídeos e a glicemia às 2 horas.

Estudo após estudo tem vindo mostrar que a atividade física reduz o risco de cancro. A investigação resultante sugere que movimentar-se mais ao longo do dia também pode desempenhar um papel na saúde e na proteção do cancro.

Reduza o tempo de trabalho sentado. Reserve tempo para uma pausa de descanso ou adote medidas para trabalhar de pé. Seja pioneiro e proponha a iniciativa “sentar menos” se trabalha e vive num escritório onde está sentado o dia todo.

O projeto americano Take-a-Stand foi desenvolvido para reduzir o tempo de trabalho sedentário e melhorar alguns factores de saúde. Após 7 semanas, houve uma redução do tempo gasto sentado em 224%, o que correspondeu a menos 66 minutos por dia, acompanhada de uma diminuição da dor das costas e do pescoço em 54% e melhorias no humor.

Usar uma estação para trabalhar de pé pode reduzir o tempo a trabalhar sentado com muitos benefício para a saúde. Há algumas alternativas disponíveis de mesas de trabalho muito criativas como a roda de hamster gigante. Veja o video.


Referências: Pronk, N. P., Katz, A. S., Lowry, M., & Payfer, J. R. (2012). Peer reviewed: reducing occupational sitting time and improving worker health: the take-a-stand project, 2011. Preventing chronic disease9.; Such, E., & Mutrie, N. (2017). Using organisational cultural theory to understand workplace interventions to reduce sedentary time. International Journal of Health Promotion and Education55(1), 18-29.; Imagem adaptada de http://www.aicr.org/; Video de Robb Godshaw

 

Margarida Vieira, nutricionista, licenciada em Ciências da Nutrição (FCNAUP-1991), mestre em Nutrição Clínica (ISCSEM-2008). Doutorada em Estudos da Criança, na especialidade de saúde infantil pela Universidade do Minho. Membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas com a cédula profissional nº 0052N. Investigadora na Fundação para a Ciência e Tecnologia (2011-2015). Membro do Centro de Investigação em Estudos da Criança – CIEC. Desenvolve a sua atividade na Investigação e na área da Nutrição Clínica. É autora e coordenadora de projectos de prevenção primária na área da saúde, bem como na organização e dinamização de seminários sobre hábitos alimentares saudáveis, predominantemente em ambiente escolar. Os seus atuais interesses de investigação, são no domínio da promoção e da comunicação para a saúde, na prevenção do cancro e de outras doenças crónicas. Responsável pela conceção e coordenação de campanhas para a prevenção do cancro. Trabalhou no Marketing Farmacêutico e especializou-se em Gestão e Comunicação da Marca (IPAM – 2003). Autora e fundadora do Stop Cancer Portugal, adotar um estilo de vida saudável. Usa o novo acordo ortográfico. Margarida Vieira, nutritionist, is PhD in Child Studies of the University of Minho. Member collaborator of the Research Centre for Child Studies - CIEC. 
She is author and coordinator of projects for primary prevention in health care as well as in the organization and promotion of workshops on healthy eating habits in the schools. Her current research interests are cancer prevention and other chronic diseases and health communication.
 Responsible for the design and coordination of the awareness of campaigns for the prevention of cancer. Worked in Pharmaceutical Marketing and specializes in Brand Management and Communication. Author and Founder of Stop Cancer Portugal Project.