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Meditar: os princípios básicos

Existem muitas escolas de meditação e muitas formas de meditar e de ensinar práticas de meditação. Mas todas obedecem a determinados princípios que garantem a evolução na prática da mesma.

A meditação não se ensina. Ensinam-se formas e métodos de meditar e depois cada um, tem de descobrir através da experiência pessoal, qual a prática de meditação que melhor se ajusta às suas necessidades e formas de entender a meditação.

A meditação é uma experiência descritível, mas intransmissível.

Estes são alguns princípios básicos para meditar:

  1. É muito importante a regularidade da prática, num mesmo local e hora. Mas se não for possível eleger todos os dias o mesmo local para a prática da meditação, poderá procurar um local tranquilo e que lhe seja prazeroso. O local ajuda, mas o que importa mesmo é a vontade para meditar.
  2. Escolha um momento em que a mente esteja mais liberta das preocupações quotidianas. O amanhecer e o anoitecer, são considerados por muitas práticas meditativas, como as melhores horas para o fazer. Se não conseguir ter um momento certo no dia-a-dia, procure um momento ao longo do dia, em que tenha mais tranquilidade de espírito, em que possa estar só e sem ninguém que o interrompa. O importante é a regularidade com que se pratica meditação.
  3. Reserve um local especial para meditar. A atmosfera envolvente ajuda no processo de concentração. Um local silencioso, arejado, com uma luz difusa, ajuda a focar a mente. Praticar todos os dias no mesmo lugar e na mesma hora, condiciona a mente para que se acalme mais rapidamente. Se não for possível, procure “escutar” a sua disponibilidade para meditar e se considerar que é o momento certo, faça-o. Às vezes na procura da situação ideal, perde-se a oportunidade.
  4. Sente-se com a coluna, o pescoço e a cabeça em linha reta. Os olhos podem estar abertos ou fechados. Se abertos devem olhar o chão de modo a que a cervical permaneça em linha com o resto da coluna. Se sentar no chão de pernas cruzadas não for uma posição confortável, poderá optar por ficar sentado numa cadeira, ou utilizar uma almofada especialmente criada para as práticas de meditação.
  1. Comece por estabelecer um diálogo com a mente, pedindo-lhe para que ela se mantenha tranquila, durante toda a sessão de meditação.
  1. Ao mesmo tempo procure ter consciência da respiração. Deixe que a respiração flua com serenidade, acalmando a mente e o corpo. A regularização da respiração leva à regularização do prana, (energia vital). Se optar por utilizar um mantra (repetição de um som, sílaba ou conjunto de palavras), deve coordenar a forma de o entoar com a respiração.
  1. No princípio deixe que a mente vagueie. Ao procurar concentrar a mente, só vai agitá-la ainda mais. A mente salta de um pensamento para outro, mas acaba por se concentrar à medida que a respiração também se acalma. Se a mente persiste em ficar agitada, procurar manter uma atitude de observação da mente, como se estivesse no cinema. Gradualmente a mente vai ficando mais calma.
  1. Concentre-se num objeto ou símbolo mental que o inspire e procure visualizá-lo. Se optar por entoar um mantra, repita-o mentalmente e coordene a repetição com a respiração.
  1. A repetição cria o foco da mente em algo. Meditar é saber que os pensamentos continuam a acontecer, mas não existe identificação com eles. A mente apenas se identifica com o objeto sobre o qual se medita.
  1. Comece a prática de meditação com períodos curtos, de cinco minutos, durante algumas semanas e acrescente cinco minutos até perfazer uma hora, ou o tempo que achar necessário para meditar.
  1. Procure praticar em grupo e sob a vigilância de um professor devidamente credenciado para o efeito. A prática da meditação pode levar a certas reações físicas e mentais, muitas vezes incompreensíveis para o praticante, mas perfeitamente inteligíveis para quem guia a meditação. Relate essas sensações a quem confia e a quem sabe que verdadeiramente o pode ajudar. Se não ficar satisfeito com a explicação obtida, procure sempre encontrar alguém que o ajude a entender o que se passa consigo.

[fonte] Referências: Manual Curso de Professores de Hatha Yoga Ed. Vidya-Academia de Yoga do Porto, 2010. “El libro del yoga”, Swami Visnhu Devananda, Alianza Editorial, S. A., 2001; “Yoga y Meditacion”, Swami Visnhu Devananda, Alianza Editorial, S. A., 2001. Photo credit: http://www.magariblu.com/meditar-e-contemplar/[/fonte]

 

 

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