Podemos mudar a nossa personalidade? É uma pergunta pertinente. Há quem diga que ela, uma vez formada, não se altera. Outros têm uma visão diferente: que apesar das suas grandes estruturas, uma vez formadas, se manterem, há aspetos que podem ser trabalhados de forma a que se repercutam em comportamentos diferentes.
Ora sabe-se que há estruturas praticamente inalteráveis como o temperamento mas há também elementos da personalidade que são passíveis de se transformarem através de um esforço consciente, eu diria, de uma aprendizagem autodidata (assumida e conduzida pelo próprio).
É o caso da chamada personalidade autotélica, a qual permite que uma pessoa transforme facilmente potenciais ameaças em desafios agradáveis, conservando, deste modo, a sua harmonia interior. Segundo o seu mentor, o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, as regras para desenvolver uma personalidade autotélica são:
- Definir objetivos para a vida – um projeto de vida.
- Deixar-se imergir pelas atividades e experiências da vida.
- Prestar atenção ao que se passa em seu redor.
- Aprender a desfrutar da experiência imediata (sentimento de prazer, estado de fluxo).
Criar harmonia em tudo aquilo que se faz é “a tarefa suprema que a teoria de fluxo propõe a quem pode atingir a experiência ótima; é uma tarefa que implica transformar toda a vida numa única atividade de fluxo, com objetivos unificados que garantam um propósito constante” – escreveu o psicólogo no seu livro “Fluir”.
[fonte] Fonte de imagem: Southeast Psych [/fonte]