
A estratégia de tratamento de um cancro pode passar por uma destas vias ou pela conjugação de várias: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonoterapia e bioterapia. Neste texto irei abordar a quimioterapia, as restantes vias serão abordadas em futuros posts.
A quimioterapia (QT) refere-se ao uso de substâncias químicas (medicamentos) para o tratamento de doenças oncológicas. Pretende-se que estas substâncias alcancem as células tumorais e que as destruam, conduzindo assim à diminuição do tamanho do tumor ou até à remissão (cura) da doença.
Os tratamentos de quimioterapia podem ter como finalidade:
- curar a doença
- controlar a progressão da doença
- prevenir o crescimento de células tumorais (mais comum após tratamentos cirúrgicos ou de radioterapia)
- controlar os sintomas provocados pelo tumor, quando a cura já não é possível
Como qualquer substância química, as utilizadas no tratamento de quimioterapia têm efeitos secundários. O seu aparecimento e intensidade vão depender das substâncias utilizadas e da sua dose, da duração dos tratamentos e da própria tolerância de cada doente. Os efeitos secundários mais comuns são:
- obstipação
- diarreia
- anorexia (perda de apetite)
- náuseas
- mucosite (inflamação dos tecidos que revestem a boca, garganta, recto e vagina)
- alopécia (perda de cabelo) ou enfraquecimento do cabelo
- fadiga
- anemia
- neutropenia (diminuição das defesas naturais do organismo)
Alguns efeitos secundários podem-se manifestar durante o tratamento ou durante o intervalo entre os tratamentos. Não se esqueça de que está a ser acompanhado por uma equipa que o pode ajudar a controlar os sintomas.
Bibliografia: COSTA, Cristina et all – O cancro e a qualidade de vida; OTTO, Shirley E. – Enfermagem em oncologia.

Miguel Oliveira, natural de Braga, licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem de Calouste Gulbenkian – Universidade do Minho (2007), com passagem por Itália na área oncológica ao abrigo do programa de intercâmbio Europeu ERASMUS. Formador com CAP (2008), Pós-Graduado em Neuropsicologia de Intervenção pelo CRIAP/Associação Portuguesa de Neuropsicologia (2010).
Colaborou no IEFP como formador. Iniciou a atividade de enfermagem em 2008 num hospital oncológico em Portugal, atualmente exerce a profissão no Reino Unido.
Colaborou em vários projetos relacionados com a prevenção primária e apoio a doentes com cancro colo-rectal e seus familiares (Europacolon Portugal).
Membro ativo na Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa, atualmente colaborador no Workgroup Dor.
Por indicação do autor, os seus textos não obedecem ao novo acordo ortográfico.
Miguel Oliveira, born in Braga, Portugal, completed the Nursing License Degree at Calouste Gulbenkian Superior Nursing School, University of Minho (2007), with oncology experience in Italy under the European student exchange program ERASMUS. Former certified by IEFP (2008), completed the Post-Graduate Degree in Neuropsychology Intervention at CRIAP/ Portuguese Society of Neuropsychology (2010).
Collaborated with IEFP as a former. Started as a Nurse Staff in 2008 in a cancer hospital in Portugal, at the moment is a Registered Nurse working in the UK.
Collaborated in several projects dedicated to cancer primary prevention and support to colorectal cancer patients and its family (Europacolon Portugal).
Active member of the Portuguese Association of Oncology Nursing, at the moment collaborates with the Pain Workgroup.