Aproveite ainda a couve mais europeia da família das crucíferas, a de bruxelas!
Está quase a acabar a sua estação, ou “season” como dizem alguns dos nossos parceiros europeus. A colheita da couve-de-bruxelas começa em Setembro e acaba em Março, e se ainda pode saboreá-las frescas, para quê perder a oportunidade?
Depois de Março estão disponíveis outros vegetais; para poder preparar saladas refrescantes adequadas à adaptação ao calor da Primavera e do Verão que não tardam em chegar. Mas, por agora, ainda sabem bem os vegetais servidos quentes e macios.
Informo que os fãs destas pequenas couves, e eu sou uma delas, não perdem uma oportunidade para as comer ligeiramente cozidas e envolvidas por um arroz malandro a acompanhar uma suculenta peça de carne (aqui recomendamos a magra) ou na companhia de um prato de peixe. Se não tem uma opinião formada, posso adiantar que o seu sabor é único, de tal forma que num concurso de sabores, com os olhos vendados, e quando postas à prova, sabe-se logo que se está a comer esta espécie de couve miniatura.
Falemos agora noutro aspecto, o nutricional, da couve-de-bruxelas. Quais são os benefícios?
A couve-de-bruxelas possui elevadas concentrações de três glucosinolatos: a sinigrina, a glucobrassicina e a gluconapina que, por hidrólise, dão origem aos isotiocianatos e ao índole- 3-carbinol. Estes compostos fitoquímicos têm efeitos inibidores sobre o crescimento de diversos tipos de células cancerígenas, como na leucemia, no cancro da próstata, da mama, do pulmão e do ovário, de acordo com numerosos estudos feitos na área.
Conte cerca de 6 destas pequenas couves, que são aproximadamente 150 gramas, e pode obter: vitamina B2, B5 e B6, uma quantidade de vitamina C (71 mg), suficiente para atingir o valor estipulado para as necessidades diárias (75 mg para a mulher e 90 mg para o homem), folatos e, os insubstituíveis minerais, potássio, cálcio e magnésio. A quantidade de fibra alimentar presente chega às 6,4 gramas, uma boa dose e, tudo isto, com apenas 65 calorias.
Vê! É tão simples ter no prato, ao almoço ou ao jantar, um suplemento rico em vitaminas e minerais, de fonte natural, e numa embalagem verde 100% comestível! E para isso basta pedir no mercado a fresca mini-couve-de-bruxelas.
[fonte] Referências Bibliográficas: Wu X, Zhou QH, Xu K. Are isothiocyanates potential anti-cancer drugs? Acta
Pharmacol Sin. 2009 May;30(5):501-12.; Kushad MM, Brown AF, Kurilich AC, Juvik JA, Klein BP, Wallig MA, Jeffery EH.
Variation of glucosinolates in vegetable crops of Brassica oleracea. J Agric Food
Chem. 1999 Apr;47(4):1541-8. [/fonte]