Quando vai às compras, começa por ler a informação nutricional que vem escrita nos rótulos e acaba por desistir?
Nem sempre é fácil decifrar o que vem lá escrito.
Uma leitura correcta dos rótulos é, hoje, uma ferramenta indispensável aos bons hábitos alimentares. Quer-se por conseguinte, uma interpretação fácil, rápida e clara.
Então como pode decifrar um rótulo alimentar?
Comece por verificar a lista de ingredientes do produto, referidos em ordem decrescente de peso, isto é, do que está em maior quantidade para o que está em menor. Assim, se o açúcar, a gordura ou o sal forem dos primeiros da lista de ingredientes de um alimento, deve moderar o seu consumo. Atenção que o açúcar pode estar descrito como maltose, dextrose, xarope de glucose ou açúcar invertido e a gordura como óleos ou outros.
De seguida deve dar importância à indicação do valor calórico do alimento, por 100 gramas ou por porção. Compare a porção que consome e a porção que é descrita na embalagem. Por exemplo, se numa embalagem de bolachas a porção se referir a uma bolacha e se comermos 3, não podemos esquecer que o valor apresentado na tabela terá que ser multiplicado por 3.
Deve verificar a gordura. Quanto menos gordura saturada e hidrogenada ou trans tiver, melhor. Privilegie produtos isentos deste tipo de gordura.
Verifique também a quantidade de hidratos de carbono. Prefira alimentos ricos em amido e pobres em açúcar, como é exemplo o pão, e assim ficará saciado durante mais tempo.
Outro aspecto importante, na leitura dos rótulos, é a indicação das percentagens. O que é que isso significa? É a percentagem que cada nutriente atinge da sua dose diária recomendada. Por exemplo, um determinado produto alimentar apresenta na sua rotulagem 20% de vitamina E, ou seja, ao consumirmos uma porção daquele alimento é fornecido 20% das necessidades médias diárias desta vitamina. Portanto, deve comer mais alimentos ricos em vitamina E ao longo do dia, para que possa atingir 100 % das necessidades diárias desta vitamina.
Agora, falemos de prazos de validade. Podem apresentar-se sob 2 formas: “Consumir até”, utilizado quando os alimentos se deterioram rapidamente (exemplos: carne, ovos e lacticínios). Todos os produtos frescos embalados têm um período de validade curto e não devem ser consumidos após a data indicada na embalagem, pois existe o perigo de intoxicação alimentar. Por exemplo: um queijo fresco é um alimento perecível, devido ao seu alto teor em água é propício ao desenvolvimento de bactérias prejudiciais para a saúde; “Consumir de preferência antes de”, utilizado em alimentos que possuem uma durabilidade maior (por exemplo, cereais, arroz, especiarias). Não é perigoso consumir um produto após esta data, mas o alimento pode ter começado a perder o seu sabor e a sua textura.
Não se deixe enganar pelos rótulos
À semelhança do que se faz quando comparamos os preços de produtos semelhantes, opte também por comparar os diversos constituintes entre si. Gaste alguns minutos e analise a rotulagem e não se deixe seduzir por embalagens coloridas, sem antes fazer uma correcta análise do produto. Por exemplo, existem cereais de pequeno-almoço cujas embalagens são muito apelativas ao consumidor mas, ao analisar o seu rótulo, constata-se que o segundo, ou terceiro, ingrediente mais presente naquele produto alimentar é o açúcar.
Apraz referir que não existem géneros alimentícios bons nem maus. Devem ser consumidos de acordo com a quantidade adequada e de acordo com a sua finalidade. Nunca se esqueça que a sua alimentação deve ser completa e equilibrada, alicerçada em variedade.