Conhece alguém que não goste de comer cerejas?
Talvez sejam poucos os que resistem em comê-las. Por vezes o problema é mesmo parar de comer, porque as cerejas são, de facto, uma das frutas mais atraentes. São pequenas, redondas, de cor vermelha, mais parecendo bombons. As cerejas de um vermelho mais escuro são mais doces e, regra geral, têm a polpa macia e suculenta.
Os nutrientes que pode encontrar nesta deliciosa fruta, de uma forma natural, são procurados por muitos sob a forma de suplementos vitamínicos. São muitos os nutrientes encontrados nas cerejas e em quantidades generosas – cálcio, ferro, magnésio, potássio, vitaminas A, B e C. As cerejas são também ricas em ácido elágico – já sabe que é um fitoquímico notável para reforço das suas defesas, uma verdadeira super-molécula (referida numa das rubricas anteriores).
Mas as cerejas não ficam por aqui : esta fruta contém um teor significativo de antocianinas, um dos grupos de fitoquímicos que compõem a grande família dos flavonóides. Um estudo confirma que as antocianinas extraídas das cerejas exibem propriedades anti-inflamatórias por inibirem directamente a ciclo-oxigenase – enzima responsável pela formação de mediadores biológicos que lideram o processo inflamatório. Então, podemos considerar as antocianinas como anti-inflamatórios naturais disponibilizados pelos frutos, como as cerejas. Um outro mecanismo protector, promovido pelas antocianinas, é a apoptose das células cancerosas. Para além disto tudo, as cerejas têm na sua constituição o ácido glucárico, uma substância capaz de desintoxicar o organismo através da eliminação de xenoestrogénios, substâncias presentes no meio ambiente.
Cem gramas de cerejas são, pode contar, mais ou menos 24 unidades e fornecem apenas 63 calorias. Talvez esta seja a sobremesa mais elegante que pode servir nas próximas semanas.
[fonte]Referências:Kelley, D. S., Rasooly, R., Jacob, R. A., Kader, A. A., & Mackey, B. E. (2006). Consumption of Bing sweet cherries lowers circulating concentrations of inflammation markers in healthy men and women. The Journal of nutrition, 136(4), 981-986. [/fonte]