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Exercício físico no cancro do pulmão: uma terapia adjuvante

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O exercício físico no cancro do pulmão pode ser usado como terapia adjuvante no alívio de alguns sintomas, bem como na doença pulmonar obstrutiva crónica, conhecida por DPOC.

Os doentes de cancro do pulmão apresentam uma sintomatologia pesada: falta de ar (ou dispneia), tosse, fadiga, ansiedade, depressão, insónia e dor.

Esta situação clínica agrava por diminuição significativa da capacidade funcional, após o diagnóstico de cancro do pulmão.

É, também, frequente os cuidadores e os familiares encarregues de cuidar destes doentes limitarem a atividade e o exercício físico. Sem intenção, conduzem-os ao descanso para reduzir sintomas, o que contribui para a inatividade física e leva a um descondicionamento físico ou perda de capacidade física. Porém, os doentes com menor tolerância ao exercício apresentam resultados cirúrgicos piores. Tem um grau de resposta inferior à quimioterapia, de tolerância e sobrevivência.

Ao longo dos últimos 20 anos, o aumento da prática de exercício físico parece conduzir a resultados promissores no cancro e na terapia das doenças pulmonares crônicas. Uma revisão sistemática publicada no Journal of Thoracic Oncology resume as evidências existentes sobre o exercício em doentes com cancro do pulmão. O estudo concluí que o exercício físico mostrou reduzir os sintomas, melhorar a tolerância ao exercício e a qualidade de vida, além de reduzir o tempo de internamento e as complicações pós-operatórias.

A reabilitação pulmonar antes e depois da cirurgia ajuda a melhorar a tolerância ao exercício, a dispneia e qualidade de vida. No entanto, a prescrição de exercício físico antes, durante e depois do diagnóstico e tratamento de um cancro do pulmão deve ser considerada.

Exercício físico no cancro do pulmão

Apesar dos benefícios e provas crescentes para aumentar a atividade física durante o tratamento do cancro e na sobrevivência, há uma questão frequente e pertinente: quanto exercício é que será suficiente?

Para um indivíduo ativo e saudável, dez mil passos por dia é uma meta frequentemente referida, mas provavelmente difícil de conseguir nos doentes de cancro do pulmão. Contudo, um estudo mostrou melhorias na qualidade de vida dos doentes que praticavam um exercício leve como a caminhada, prescrito ao longo de 6 meses.

O sistema de contar passos através do pedómetro pode ser uma forma de aumentar a atividade física mas sem sobrecarregar o doente. A prescrição de um exercício de baixa intensidade, como a caminhada diária, com metas definidas através da contagem passo a passo, pode ser um mecanismo seguro para identificar os limites de atividade de cada doente e de modo individual.

[fonte]Referências:Bade, B. C., Thomas, D. D., Scott, J. B., & Silvestri, G. A. (2015). Increasing physical activity and exercise in lung cancer: reviewing safety, benefits, and application. Journal of Thoracic Oncology10(6), 861-871.; Lin, Y. Y., Liu, M. F., Tzeng, J. I., & Lin, C. C. (2015). Effects of walking on quality of life among lung cancer patients: a longitudinal study. Cancer nursing38(4), 253-259.; Créditos das imagens: http://fisioterapia.com/tecnicas-de-cinesioterapia-respiratoria-e-manobras-de-higiene-bronquica-mhb/http://respiratory-care-sleep-medicine.advanceweb.com/Article/Getting-With-the-Program-5.aspx [/fonte]

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