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Como ultrapassar os efeitos secundários da quimioterapia? – obstipação

obstipacao_1Além da falta de apetite, das náuseas e dos vómitos, a obstipação ou prisão de ventre é outra dos possíveis efeitos da quimioterapia, devido à toxicidade gastrintestinal de alguns medicamentos, e ocorre em cerca de 41% dos doentes. Diz-se que existe obstipação, quando há dificuldade persistente em evacuar, se a evacuação exigir um grande esforço, se houver duas ou menos evacuações por semana ou se houver uma diminuição do número de evacuações habitual.

Por vezes, em oncologia, a dificuldade na evacuação é devida à obstrução provocada pelo tumor, à invasão pelo cancro dos nervos importantes no processo, à presença de adesões e a outros fatores. Assim, a obstipação deve ser distinguida de uma série de situações possíveis de ocorrer nestes doentes.

Quando surge, a obstipação pode levar ao aparecimento de desconforto, dor e distensão abdominal e pode conduzir ao aparecimento ou agravamento das náuseas, dos vómitos e da falta de apetite.

Para se prevenir e controlar a obstipação provocada pela quimioterapia, deverão ser tomadas medidas alimentares e relacionadas com o estilo de vida. Assim, o doente deverá aumentar a atividade física e aumentar o consumo de fibras. Contudo, este deve ser feito, de preferência, optando por alimentos que as incluem naturalmente, como frutas, vegetais, cereais integrais, legumes, nozes e sementes. Desta forma, além de aumentar o consumo de fibras, estará a aumentar o consumo de vitaminas, minerais e antioxidantes.

As fibras têm um efeito muito positivo, quando existe obstipação, pois tornam as fezes mais fáceis de eliminar, aumentam o número de bactérias intestinais e reduzem o tempo em que as substâncias tóxicas para as células poderiam estar em contacto com o cólon, protegendo-o das agressões. Mas é muito importante ter em conta que estas vantagens só se verificam na presença de líquidos. Assim, a ingestão de água deverá ser de 2 a 3 litros por dia. Quando ocorre um consumo baixo de líquidos mesmo com uma dieta rica em fibras, agrava-se a obstipação, pois as fezes aderem ao intestino, tornando a eliminação mais difícil.

Como ultrapassar a obstipação?

Deste modo, para ultrapassar a obstipação, o doente deverá:

  • Aumentar o consumo de líquidos (Água, sumos naturais, tisanas ou chás. Incluir também batidos de iogurte líquido ou leite com ameixas e frutos tropicais)
  • Aumentar o consumo de pão integral, cereais integrais e sementes
  • Evitar frutos como a banana e preferir frutos como laranja, ameixa, kiwi, pêssego e frutos tropicais
  • Incluir na dieta couve, feijão, grão, ervilhas, lentilhas, favas e saladas
  • Incluir alimentos com lactobacilos
  • Adotar novas formas de cozinhar alguns alimentos: sopas com legumes ou pedaços não triturados, batatas com a pele, por exemplo
  • Adicionar farelo de trigo às sopas, aos iogurtes e a outros alimentos que considere adequados
  • Preferir as bebidas frias, uma vez que estimulam o trato intestinal
  • Praticar, se possível, exercícios físicos diários, adaptando o ritmo às suas possibilidades

No início de uma alimentação rica em fibras, poderão surgir alguns efeitos desagradáveis, como a formação excessiva de gases, cólicas e diarreia. Para evitar estas situações, o aumento de fibras na dieta dever ser feito de forma gradual.

[fonte]Corrêa PH, Shibuya E. Administração da terapia nutricional em cuidados paliativos. Ver Bras Cancerolog. 2007; Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, EPE. Quimioterapia: Guia de Orientação. 2012; Machado WM, Capelari SM. Avaliação da eficácia e do grau de adesão ao uso prolongado de fibra dietética no tratamento da constipação intestinal funcional. Rev Nutr. 2010; Roila F, Herrstedt J, Aapro M, Gralla RJ, Einhorn JH, Ballatori et al. Guideline update for mascc and esmo in the prevention of chemotherapy- and radiotherapy-induced náusea and vomiting: results of the Perugia consensos conference. Ann Oncol. 2010; Zeino Z, Sisson G, Bjarnason I. Adverse effects of drugs on small intestine and colon. Best Pract Res Clin Gastroenterol. 2010;[/fonte]

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